segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Eu já vou

Palavras difíceis e aristocráticas
Surgem no meu cerne
Para ilustrar ao público leitor
Todo o meu falso pomposismo
Quem sabe isso tudo ainda mais
Releve algum tipo de interesse.

Sentimentos rebuscados
Como textos trovadorescos
Cheios de nada
Um buraco no meu orgão pulsador
Desejo atrás de desejo, sonhando, rezando, se humilhando.

A mente vazia
Sortida de pensamentos, pouco alimentadores
Olhos arregalados
Cabisbaixos nos cantos
E a cabeça ainda cheia de nada, um nada contaminador.

Surgem lábios
Músicas
Vozes
Risadas
Oh Deus me liberta disso tudo
(falso espiritualismo)
Porque o meu psicológico tortura
Como se fosse algo maleável sendo esmagado
A tentativa de furar os olhos
Cortar a língua
Estourar os tímpanos e bater a cabeça
Me são convenientes.

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