Qualquer refrão batido, diz que a dor tem fim...

Ao som de "O Que É Bonito?" do Lenine

Não respeito muito o nexo

Pois prefiro a brutalidade

Sou desengonçado e mal educado

Queria poder ser mais suave, dizer palavras ternas

Mas meu ser é efusivo e oscilante

Queria poder te dizer:

“Oh! Como te admiro novo ser que encanta meus olhos!”

Mas não o posso fazer, muita coisa está em jogo.

Não respeito a mim mesmo, minhas emoções

Exageros e efusividades

Eu sou um "senhor autodestruição"

De tão excêntrico, acabei por viver só num mundo só meu

Mas calma, novo amor do meu coração

Eu posso ser sim mais do que aquilo que pedes a Deus

Sendo assim segundo a vontade Dele

Pois sou humano e tenho livre arbítrio

Em transgredir, em zombar

Em poder voltar atrás e me endireitar

Voltar à estrada que não deveria ter saído.

Cuidar do que já está podre, reestruturar a vida

Fazê-la brotar novamente em meio ao estrume

É como se eu fosse o diabo e você Deus

Mas mesmo assim me encantas

Intrigas-me

Desperta-me o interesse atenção mais raras possíveis

Mais singelas, simplórias

Pois eu estou pensando em você.

Como ao acordar, logo oro

Para que o Altíssimo te dê sabedoria

Perdão

Longevidade

Perseverança em continuar a prosseguir com o caminho que escolhestes para a vida

Pois sim eu não quero esquecer

Que não existe paixão entre nós dois

Na verdade não existe nada

Só existe um belo de um buraco que tento tapar

Encobrir com uma manta para quem sabe você passar

E talvez chegar até mim.

São guerras constantes as que enfrentamos

Mas agradeço tanto por elas

Pois me fazem mais forte, preparado para romper com o platonismo

Com o hedonismo

Com aquilo que eu mais odeio

Pois:

“Essa é a ultima solidão da sua vida,

aproveite e cure a ultima ferida

E nunca mais, solidão!”.