quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Quando o ser acha...

“Alegra-te, jovem, na tua juventude, e recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade; anda pelos caminhos que satisfazem ao teu coração e agradam aos teus olhos; sabe, porém, que de todas estas coisas Deus te pedirá contas.
Afasta, pois, do teu coração o desgosto e remove da tua carne a dor, porque a juventude e a primavera da vida são vaidade.”
Eclesiastes capítulo 11 versículos 9 e 10


Todos somos ilhas, uma querendo ser mais excêntrica, certinha ou louca do que a outra. É fácil impressionar contando histórias, aventuras ou desventuras em série. Dizem as más e boas línguas que a experiência gera perfeição e um tempero a mais na vida. Será?

Certo dia acordei indagando que, no alto dos meus 21 anos completos eu fosse um ET, de verdade só que sem aquelas cabeçorras características, olhos pretos esbugalhados, etc. Isso é tolice, todos seguem algum tipo de padrão, somos comércio, outdoors vivos; acordei achando que não teria ninguém, que seria mais um solitário no mundo. Confesso que senti certa tranqüilidade nesse momento, uma situação confortável.

Conviver com o ser humano é um grande problema. Gênios se batem e rebatem como átomos aquecidos, mas mesmo assim encaramos um outro ser idôneo a nós. Sentimo-nos atraídos pelo que é diferente, raro, pois é um desafio ao nosso orgulho, a nossa maturidade e curiosidade.

A experiência nesse momento não pesa tanto, na verdade em muitos casos ela até atrapalha. Cega vulgariza o ser; quando observo alguém idônea a mim, meus olhos só faltam saltar, pois vejo aquilo que os meus desejos e sentimentos acham necessitar.

Não por querer que os gênios se choquem sempre, mas, porque a rotina jamais nos alcançaria e mesmo que alcançasse, ainda assim seria prazeroso amar, pois seria uma rotina de descobertas. Aventurar-me em um ser idôneo a mim.

Eu sou apenas um jovem de 21 anos que aqui e acolá pensa sobre a vida, Deus, sentimentos, nas formas alternativas de transformar seus erros em coisas proveitosas para si e para os que estão ao seu derredor.

Disse anteriormente que a experiência atrapalha, sim atrapalha, pois é apática, egocêntrica. Quero alguém separado do cotidiano dos valores que eu já conheci. Muita coisa não me surpreende mais. Isso me faria tão puro quanto aquilo que sinto, pois a pureza ainda existe, basta que alguém descubra e a torne maciça.




*Idônea(o) significa ser conveniente; preparado para desempenhar certos cargos; correspondente ao contrário de cada ser.

5 comentários:

o que me vier à real gana disse...

Olá,boa tarde! Mais um excelente blog. Parabéns!

Tatah Marley's Confissões disse...

Adorei a citação de Eclesiastes!
muito bem colocada!
Posso te linkar?

o que me vier à real gana disse...

Já está linkado.

Mara disse...

Ah muito bom o texto.
doce mistério de tentar descobrir nos opostos alguma harmonia..
é mesmo um teste de maturidade para ambos...
e a grande maioria reprova.
vamos a luta o/

Víctor Hugo disse...

bom texto!
mas, indago-me quando colocas que a experiencia atrapalha... pois para você falar que ela atrapalha, você tem que ter vivenciado ela, ou seja tido uma experiencia, não achas?
mas tirandu isso o texto ta bom!
abraço!