terça-feira, 7 de abril de 2009

Fragmento dum todo

Ao som de “(K)now(F)orever” da Mudvayne

Ansiedade. Bem imaterial próprio do homem. Eu a possuo por demais e há quem pense que é incredulidade da minha parte em não esperar pelo dia de amanhã que por ventura a mim não pertence. Fazer valer a simples regrinha do “Agrada-te do Senhor e Ele satisfará os desejos do teu coração.” (Sl 37:4) ou “Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” (Mt 6:33) ...

Entendo que isso é um pesar humano, mas, não procuro ver apenas como um reles pesar, mas uma parte da natureza desse mesmo ser, portanto minha também! Engraçado que essa natureza defeituosa molda e eleva o meu ser. Como? Bem, ansiedade gera erro e o erro gera aprendizado, mas não é por isso que vou esquecer o certo e fazer tudo que for errado, não é isso. Erro porque quero fazer o certo, mas o errado é por deveras vezes mais eficaz ao meu imediatismo do que o certo! Falta de fé? Não, fé para mim “é acreditar em coisas que se esperam a convicção de fatos que se não vêem, independentemente daquilo que vemos, ou ouvimos" (Hb 11:1). Tenho a certeza de que muita coisa infelizmente não posso ver...

É simplesmente minha natureza de forma aguçada e triplicada a várias potências mil. Permito-me sentir até o que não suporto e aguento para atingir a minha pretensão, que é ser melhor a cada dia. Perfeccionismo? Individualismo? Ceticismo? Sim, tudo ao mesmo tempo!

Ansiedade. Hoje a vejo como um bem imaterial que o homem possui em sua essência enquanto eterno ser falho, propenso a errar, a cair inúmeras vezes. Hoje encontro a fórmula certa que somente em minha particularidade intraduzível é possível transformar matéria bruta de autoconhecimento em amadurecimento.

Conseguir sim, finalmente, transformar o ruim e impossível em algo bom e possível. A cada deslize inconsciente ou consciente, eu enquanto animal (animal político), uma nova luz verde se acende em minha mente me informando o caminho que eu devo persistir, vencendo a mim mesmo, as minhas fraquezas e porque não até mesmo as qualidades e pontos fortes?

Ela me força a querer amar cada vez mais o que eu já não sinto mais prazer, a exteriorizar o que muitos vêem e lêem, ou que pelo menos conseguem ver e ler. Eu então consigo ser partes dum todo!

5 comentários:

Nadezhda disse...

Não fazmuito tempo que leio seu blog, mas do pouco que li, percebi algumas mudanças nas postagens.

O mesmo está acontecendo comigo ;)

Unknown disse...

Concordo contigo sobre a natureza ansiosa do ser humano. Mas já observei que as pessoas mais ansiosas são as que esperam mais de si e mais dos outros. Por consequencia nós sofremos em dobro, quando nos decepcionamos é duplamente terrível.

M. A. Cartágenes disse...

Cara, nem digo que eu espero algo de alguém! Na verdade não espero muito não, espero apenas bem-estar, sorrisos, o resto é resto. Geralmente quando escrevo não penso no quesito "pensar no próximo" ou "uma postura em prol do próximo"... Reciprocidade.

Meus textos refletem minha personalidade, quase sempre muito crítica, cética e individualista! Não costumo sofrer, ou me decepcionar, se tenho essas coisas são por mim mesmo, única e exclusivamente por mim mesmo. Nunca fui de me importar por quem está ao meu lado e vice-versa.

Mas é isso aí... Paz e obrigado por visitar. Volte sempre!

Unknown disse...

Aí cara, curiosa a sua postura. Realmente os textos são bem nessa linah e mesmo assim conseguem nos atingir.
Um abraço e parabéns pelo Blog!

M. A. Cartágenes disse...

Eu é quem agradeço cara! Volte sempre que quiser... Paz!