quarta-feira, 13 de maio de 2009

Olhos de vidro enxergam a alma

O clima não se decide quanto a deixar o pedaço do céu cair ou deixar o filete solar brilhar. Minha cabeça não pára de doer devido o astigmatismo. Isso tudo é psicológico, tampouco penso em estar vivo, é como se essa matéria não existisse e eu estivesse dormindo em outro plano e realidade mais “real”.

A gripe é ilusória, a sinusite é inexistente, o astigmatismo é besteira. Ver minhas olheiras todos os dias num espelho enferrujado, redondo, no banheiro. Parece uma prece de o meu próprio ser em querer estar de frente pro mar, ouvi-lo, esquecer a gripe, sinusite, astigmatismo, dor de cabeça, essa matéria passageira e eufemismos. Penso então em coisas, momentos, uma pessoa e sua incrível facilidade de ser suave ao toque, como veludo.

A mente está vazia, e não consegue produzir mais nada, não é stress muito menos desapego. Se assemelha a um corpo e ser a mais dentro do meu próprio ser, tem opinião e vontade própria. Parou, empacou, deseja mais adrenalina, mas não sabe bem onde encontrar e quando tem não sabe bem como extravasar.

Engraçado como o próprio clima que oscila e engana a minha saúde, acompanhado do mofo e umidade, faz meu nariz, corpo e mente escorrerem. Meus olhos incharem e a cabeça parecer ter um coágulo de tanta pressão. Mesmo assim, ainda acredito ser tudo psicológico e lá dentro, uma pessoa e sua incrível facilidade de ser suave ao toque, como veludo. Ela insiste em estar lá, sem eu ou ela forçarmos nada, tudo como o tempo, assim calmo, tranquilo, em paz.

Se eu dissesse que a realidade-irreal desse infinito particular onde vivo me aprisiona, eu finalmente então acordaria em outro plano sem a maldita gripe, sinusite, dor de cabeça e a falta de adrenalina e o excesso dela também. A única tristeza seria o sumisso da relevância da existência dessa pessoa dentro do meu psicológico, e graças, pois lá ninguém toca nem tira. Mas tirem a gripe, sinusite e dor de cabeça, por favor! Acredito que serei um "quatro olhos", que bom, gosto de "olhos de vidro" para poder ver melhor a alma.

Gosto de tempos chuvosos, me lembram chocolate quente, filmes e cafuné. Tudo é bem subjetivo, não?!

5 comentários:

Monique Frebell disse...

Dias de chuva, adoro também, mas pra ficar em casa, filme, cobertor, amor, e sem gripes, sinusites, dor de cabeça e outras coisas subjetivas, secas e sarcásticas da vida...

Bjuus!

Variado! disse...

Bom,é curioso como tudo isso fica de lado, quando temos um bom movito pra sorrir...um telefonema, um belo sorriso, o seu filme predileto na tv...(hard),a sua música eleatóriamente tocando... Tudo some, nem que for um miléssimo de segundo!
A chuva dá uma desânimo gostoso...quase que natural.

Abraço amigo!

Fernanda H.A. disse...

Tudo é desânimo. Chuva é indiferença. E eu ja não tenho nem dor de cabeça pra me fazer escrever algo. Não sinto nada além de frio. Frio na alma e frio lá fora.
Mas você me parece ter tudo pra escrever e estar colocando as palavras uma em cima da outra. Rápido.

Bgsmil :*

Nadezhda disse...

"tempos chuvosos, me lembram chocolate quente, filmes".

Mas ultimamente eu só tenho vivido os tempos chuvosos ;)

Pauliane MS disse...

Dias de chuva são os dias mais perfeitos quando não se estar sozinho. Pois quando a solidão bate em nossa porta em dias de chuva é melhor dormir e não dá uma atenção relevante a nostalgia.

:*