terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Conversa de botas batidas

Ao som de "Mundo Acumulado" do Fabio Goés




Ele diz: Se eu te fizer uma pergunta, respondes-me?
Ela diz: Se eu souber a resposta...
Ele diz: Não tem nada a ver contigo nem nunca teve, é apenas uma curiosidade já que em partes tu me conheces. Às vezes eu fico curioso quanto ao porque de uma pessoa não conseguir ficar próxima de mim por muito tempo, ou se interessar a ponto de querer ficar perto por esse muito tempo. Eu sou tão complicado assim ou simplesmente, sei lá... Tens algum conceito pra isso? Apenas curiosidade, por favor, não entenda mal.
Ela diz: Ah! tu não é das pessoas mais simples, sabes que és introspectivo e as vezes isso afasta as pessoas, porque parece arrogância, mas, não és ruim por isso, melhor nem pior que ninguém. Apenas és tu mesmo.
Ele diz: Hummm...
Ela diz: Ai. Seja razoável, só um “hummm”?
Ele diz: É que é apenas curiosidade, algumas questões surgem aqui então, até agora tu foste a única na qual senti que pudesse ter relevância nessa indagação. Por isso o “hummm”, ele é o suficiente pra certas coisas que não tem nem “hummm”. Sacas?
Ela diz: Tá. Obrigada pela relevância!
Ele diz: Disponha. Apenas não entendo porque elas não ficam por perto. Acostumei-me a ser sozinho em todos os aspectos, mas, por que mesmo assim elas não ficam por perto... Enfim, tudo bem, é apenas curiosidade.
Ela diz: Boa noite. Indo aqui então...
Ele diz: Fica na paz.
Ela diz: Beijos.

... E ficou por isso mesmo, o vazio que não é vazio não teve resposta continuando ali, intrigado e intrigando.
[...]
“A vida mais doce é não pensar em nada”. E digo mais, é não pensar em nada e apenas fazer, fazer e ir fazendo... É o “vazio agudo ando meio cheio de tudo”. E digo mais, cheio do vazio, pois o “vazio é o meio de transporte pra quem tem o coração cheio”.

6 comentários:

Abiodun Akinwole disse...

Cara, que engraçado, essas conversas onde perguntamos às pessoas que nos conhecem de certa forma e tem peso em parte de nossa vida levam as indagações não só para nós, mas para essas pessoas. Isso aconteceu comigo no começo da semana. Ora prestativo, ora irredutível, ora extrovertido, ora introspectivo e eu fiquei ainda me indagando o que tudo isso quer dizer sobre mim.

pois é, é uma lombra^^.


abração, cumpadi!

Fernanda H.A. disse...

É só a vida e amanhã muda tudo.
Não da pra se acomodar.

Anônimo disse...

Muito bom mesmo ouvir a opinião dos outros a respeito de nós mesmos [soa até engraçado]. É que às vezes nem sempre as nossas respostas são capazes de prencher a lacuna das dúvidas, é bom procurar o pensamento de quem confiamos.

Abração, até.

Impulsiva disse...

Estas questões são sempre bem intrigantes...mas sem querer usar frases feitas e sendo apenas singela na minha experiência em mim mesma, eu te diria: esta resposta está dentro de você.

Cara, gostei daqui...
Vim, voltarei!
Seguindo-te com certeza...

Beijos,
Kenia.

Unknown disse...

Olá
Acho que quando agente se revela pra alguém agente fica meio nú, meio descoberto de nossas vergonhas, é um comprometimento...
mas se não o fazemos deixamos de descobrir tanta coisa, perdemos de aprender a olhar exatamente o que nós somos.
ainda que gente as vezes não queira se importar com a opiniao dos outros e pouco importa se o mundo te acha conveniente ou não. ainda assim sempre há alguém que nos importa, alguém se importe conosco. e é pra elas que deveriamos dedicar nossos melhores sorrisos, palavras e gestos, não por gratidão mas por querer, por gosto mesmo.
Há pessoas que nos descobrem, nos deixam "nús", mas deixam tanto de si em nós que nos cobre de certo modo.

Abiodun Akinwole disse...

ei mermão!! tem presente pra vc lá no antro de idèias do meu blog.

um selo: http://maos-nuas.blogspot.com/2010/03/o-selo.html

abração.

vá lá.