segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Passividade

Ao som de Sextape da Deftones




Quanto mais se tem medo, mais se quer agir
O medo parece um fardo do qual queremos nos livrar logo
O medo é necessário para que as nossas pernas possam tremer naqueles três segundos antes
Antes de tentar mesmo sabendo que o “não” é 99,9% possível
Antes de se arrepender por não dar cara a tapa
Antes de não ser o que deveria ter sido sempre
Quanto mais se abrevia situações, mais se quer ter motivos para viver
Abreviar é como atolar os pés na lama
A lama é agradável, mas ao mesmo tempo nos torna impotentes de locomoção
Locomoção é o que nos resta quando queremos alcançar o alvo
O alvo é o nosso desejo, porque o desejo é sempre a esperança que ninguém quer assumir
No entanto a esperança é que nos mantém vivos, perseverantes, cegos no querer.
Nada se torna tão complicado quando finalmente a famosa frase sai: “Descobri que gosto de ti!”
Triste é a resposta; Quase sempre olhadas para o chão, e aquele risinho detestável que poderia ser omitido.
Dar as costas nessa hora é sempre bom; “Me dá as costas se algum dia essa frase for para ti”, pensei...
Enfim, o nexo nunca será bem-vindo em se tratando de afeto
Afeto não precisa de sentido, afeto precisa de coragem em apenas querer meter os pés pelas mãos
É como fazer versos soltos que somente naquele pequeno detalhe eles podem possuir sentido
É como fazer sexo em local público porque a adrenalina é maior só de saber que podemos ser pegos por alguém
... “Tá me entendendo agora?”, pensei de novo...
Resta-nos apenas, meu bem, é manter-nos guardados em nossos pequenos e ínfimos mundos; Onde não temos vida e somos medrosos, receosos, rancorosos, amargurados; Temos uma vida ali fora, e, eu só te peço para você ser a minha coragem, pois eu serei teus braços, tuas pernas, teu peito nervoso de injurias, teu coração quente e frio.
"Nada que valha a pena conquistar é mantido facilmente"... Perseverar!

2 comentários:

Casa de Mariah disse...

realmente o afeto não faz sentido nenhum.

Renata Becker disse...

Oi, acabei de conhecer teu blog e achei este post muito bom. Na verdade compartilho do mesmo sentimento contido nele, ele expressa perfeitamente algo que também já vivi. As suas últimas palavras são perfeitas "Resta-nos apenas, meu bem, é manter-nos guardados em nossos pequenos e ínfimos mundos; Onde não temos vida e somos medrosos, receosos, rancorosos, amargurados; Temos uma vida ali fora, e, eu só te peço para você ser a minha coragem, pois eu serei teus braços, tuas pernas, teu peito nervoso de injurias, teu coração quente e frio." Não podias ter dito isto de melhor maneira, pois infelizmente para muitas pessoas falta coragem de assumir aquilo que sentem, e ainda mais coragem para se arriscar "meter o pé pelas mãos". Continue assim.