sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Okay*

Olho as coisas, e observo claro, pois existe uma grande diferença em olhar e observar.
Vejo o tempo, vejo as pessoas, escuto a vibração que uma música me transmite.
Sinto, almejo, sonho, caramba como é bom sonhar!

Amo aquilo que mesmo crio, no intuito não de ser apenas um diferencial, mas pra quem sabe, despertar algum interesse, quem sabe esse interesse a mim mesmo poderia se despertar, pode alguém amar a si mesmo como se ama um alguém do sexo oposto?

Aí percebo nossa, como as coisas são belas, como o tempo me molda como esse meu ego é pequenininho, mas tão pequenininho que incomoda, faz estardalhaços, causa estardalhaços.

Já dizia Nietzsche que a esperança é o pior dos males para a sociedade e para o próprio homem em individual, em vez de dar prolongamento ao desejo, mesmo aquele fervoroso e puro, ela dá lugar ao descontentamento, ao desespero, será que é isso que me acomete em alguns momentos? Desejar tanto que acabo me desesperando? Talvez, o distúrbio bipolar explicaria.

Não saberia o que na verdade dizer, pois me privo apenas de sentir, apenas de viver, falar é cansativo e redundante e comprovadamente nulo. Então o que seria esse sentimento sem nome que me priva de mim mesmo? Que insiste em querer me preparar para algo que sabe lá Deus se existe ou se é de todo valoroso esperar? Perguntas e mais perguntas, questionamentos e mais questionamentos, nada disso eu sei me levará a algum lugar, mas me simpatizo com a busca desenfreada pelo conhecimento que sou eu mesmo, mas que infelizmente ainda não sei como tê-lo, nem senti-lo, nem vivê-lo.

Concluo então que, qualquer forma de auto-interiorização é válida, porém desanimadora, porque ela não trará frutos, apenas contemplações de que o dia é belo, os pássaros cantam sonhar é bom, que é inútil apostar na esperança e que esperar por algo perfeito e compatível a mim não se restringe às palavras, vai além de mim mesmo!

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