sábado, 1 de setembro de 2007

Satisfaz-Me

Uma simples reflexão me veio à luz da mente, sem nem mesmo dar-me conta, já estava escrevendo...






Não sei bem o que escrever, mas o conhecimento brotará, apenas um sentimento estranho dizendo-me: “escreve”. O que, eu ainda não sei, e na verdade, nem sei por onde começar.

Os dias que se sucedem são de puro descontentamento, tanto moral como social, financeiro, político, espiritual... E porque não dizer “espiritual”? É estranho? Principalmente vindo de mim? Talvez, mas tento me desprover de qualquer valor quando falo sobre esse tema.

Eu vivo mais do que nunca no século que chamo de “Degustação Fisiológica Grátis”, seja ele solitário, dual ou em grupo, não precisando ser necessariamente sexual.

Conversava certo dia com uma pessoa no ônibus, ela estava discorrendo sobre uma série de fatores que a levaram a sair da igreja, alguns seriam: fornicação, inveja, calúnia, etc.

Mas percebi que fazendo aquilo, ela não iria cooperar em nada para que o “sistema obscuro” caísse por terra, percebi, mas não falei, que tanto as pessoas, como ela, eram e são iguais, ela se viu fora daquele contexto e por razão humana viu que fora, estaria melhor, ou coisa parecida, ou que fora pudesse esboçar algum tipo de crítica ou aversão à determinados comportamentos tidos ali naquele meio, mas a vida que a mesma tem hoje, em nada difere do que aquelas pessoas faziam ou fazem.

O que quero dizer é, qualquer sofrimento moral, espiritual, a igreja está sujeita, pois ela é feita de seres humanos, que são corruptíveis, frágeis, egoístas, gananciosos, mas o que os olhos humanos não podem ver, é que Deus age nesses momentos, através de pessoas que mesmo suportando em espírito compassivo e fiel, de maneira estranha, não reveladora e espetacular, pois o culto à Deus não é com base em revelações e espetáculos, tudo já foi revelado, basta que vejamos!

Um dia escutei que mesmo antes de nascer, Deus já havia me escolhido para tal feito, qualquer coisa que fizer de nada vai valer se não estiver fundamentado nEle. Eu sozinho sou um grande nada se confiar em meus próprios dons.

O tempo em que vivo é de pura lascívia, de pura arrogância, prepotência, uma verdadeira orgia. A igreja não está isenta disso, eu não estou isento disso.

Mas o que um simples ninguém que sou pode fazer? Simplesmente estar com os joelhos em terra e clamar ao Pai um direcionamento, durante esse direcionamento eu irei cair, mas se cair, é levantar a cabeça e continuar, sou humano, sou frágil, corruptível, tudo de ruim.

Portanto não sou eu quem vive, é Cristo em mim, não sou eu senhor dos meus novos atos racionais, é Cristo em mim, se aquilo que fiz em meu próprio juízo me faz pensar que estou certo, logo Cristo não está em mim, e sim o inimigo. Não sou eu quem vivo, é Cristo quem vive, o máximo que posso fazer é clamar aos céus misericórdia extrema por esse ser que sou e voltar ao primeiro Amor, à aquele que me escolheu mesmo antes do tempo tomar forma.

Um dia eu estive no que é eterno, e um dia para lá voltarei, mas antes tenho que exortar a mim e a outros, afim de quem sabe os meus olhos e os olhos dos outros também possam ser abertos.

O tempo de “Degustação Fisiológica Grátis” irá se banalizar e se normalizar, tornar-se algo tão comum, se já não está, que eu mesmo sem saber já posso estar inserido nele, mas como eu disse, só posso rogar aos céus misericórdia de mim mesmo e pelos outros... vigiar e orar.

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