Assim como a raiva, o amor, a felicidade, a tristeza
Sejam elas subjetivas ou concretas
Elas têm que ter uma cor.
Tudo precisa ter um sentido
Assim como a raiva, o amor, a felicidade, a tristeza
Uma raiz, onde se possa estabelecer uma base
Onde eu possa ter uma morada, um ninho.
Tudo precisa ter um alicerce
Assim como a raiva, o amor, a felicidade, a tristeza
Para quem sabe podermos caminhar por aí, sentir a brisa
Molhar os pés na água do mar, andar sem rumo, andar por andar.
Um som passa, uma melodia toca
A alma se dilata, dilata tanto que precisa sair do corpo
E sair por aí, voando
Tudo precisa de uma cor, sentido e alicerce.
Eu preciso de uma cor, sentido e alicerce?
Eu realmente preciso disso?
O que mais tenho que fazer? Diga-me, por favor, sem demora.
O tempo ruge.
E assim segue-se mais um dia
Onde as cores, os sentidos e os alicerces tomam formas
Formas extra poligonais, formas abstratas
Num esforço descomunal que faço para pular esse muro ao seu redor
E quem sabe fazer assim tudo ter uma cor, um sentido e um alicerce!
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