quarta-feira, 16 de julho de 2008

Para Mim Mesmo Se Possível

Aos poucos eu me liberto
Termino de instigar certas coisas
Admoestá-las também
Não sou mais o mesmo depois daquele dia
Algo renovou o espírito
Inculcou novas verdades
Maximizou e potencializou o meu “eu” adormecido.

Tento ver as coisas como elas são
Libertar-me daquilo que ainda me prende
Aliviar a dor no peito
Que passa pela barriga depois a cabeça
Sinto-me pesado, cansado.
É difícil crescer, levar tapas na cara e ainda assim crer
Crer que é possível, ainda possível esperar
Pelo quê?

Sabe quando tudo começa a fazer sentido
E esse sentido é o sentido que não se quer saber?
Quando você sabe que os sorrisos singelos se foram
E dão espaço para as gargalhadas...
Pouco me interessa as gargalhadas
Gosto de demonstrações mais contidas
Ternas, suaves, bonitas.

Quem sou eu para determinar ou desejar algo
Logo agora, quando tento desabar
Ou quem sabe desabafar, para mim mesmo se possível
Para outrem se necessário
Para ninguém, pois sentimento é algo individual demais
Solitário demais
Machuca demais.

Dizer “Eu te amo” tornou-se um crime
Eu não tenho dúvidas quanto ao que sinto e penso...
Mas, até onde isso tudo pode me levar?
Levar-nos? Posso incluí-la certo (riso debochado)? Devo?
“Afogo os afagos e mágoas
Retorno para o meu pessimismo real”.

Sabe, eu quero aquilo de volta
Natural, todos quando perdem algo desejam ter de volta
Mas, penso que aquilo não virá novamente
Penso que o que tinha de dar já deu
Extrapolou!
Foi além da conta
Mais do que se podia suportar, os limites realmente existem
E insistem, pois eu amo corrompê-los.

Eu tinha os meus motivos para tal coisa
Mas agora... Hum, agora não sei mais
Não é querendo dar uma de coitadinho, exagerado
Mas é que eu sinto falta, não aceito ter perdido
Está sendo um porre ter que acordar todos os dias tentando
Tentando realmente me livrar disso tudo
Mas a minha mente prega peças
Ela exulta o meu desejo, o meu sonho,
Ela exulta você meu amor
Meu bem maior, minha felicidade, minha paixão
Minha esperança.

O desespero se dilata, a bonança vem como uma apaziguadora
Sento na minha cadeira
Penso, medido, esqueço, sofro, me alegro, dilato!
É... Um dia quem sabe, isso tudo volta!

Um comentário:

Alessandra Castro disse...

O fato de entender-se assim tão bem já é um grande passo para as suas decisões futuras.