quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Depois de nadar em leite, a nostalgia de uma cabeça quase vazia

Cabeça vazia
Por um acaso você sabe o que é uma cabeça vazia?
Estar com ela vazia?
É quase como palpar o vento
É possível ir longe
Longe no vazio que se perde ao olho nu
Estarão ali apenas você e o vazio
No egocentrismo.

Porque a cabeça vazia?
Mesmo com um sermão a minha frente
Conversas paralelas circundam-me
Leituras em uníssono
Sim estou numa igreja
...
Cabeça vazia que nem mesmo o diabo entra
Apenas vazia
Contemplando o vazio
O vazio dos sonhos
Quase como nadar em leite
Andar num quarto branco
Sem que seja possível saber as dimensões
Quem sabe você vestido de preto pra atormentar ainda mais
A fronte do vosso cérebro.

Cabeça vazia
De um coração saturado
Prestes a explodir de tanto sorrir
No solitário mundo que assim escolheu para si
Não por obrigação ou opção
Mas sim como a rima, por falta de escolha e opção
Opções boas que me fizessem sonhar mais uma vez
Deixar minhas mãos geladas
Os olhos ansiosos
E os pensamentos quentes como uma chaleira em ebulição
Devido o fervilhar de sortidos sentimentos escondidos.

Cabe a nós, ou simplesmente a mim
Deixar saber quem é a boba da vez que irá dizer
“Desculpe”.

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