Onde eu menos espero!

“Mas os que esperam no SENHOR renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão.”
Isaías capítulo 40 versículo 31

Preciso dizer mais alguma coisa? Sim, preciso. Todos que me conhecem sabem da minha forte personalidade. Do fato de eu ser impulsivo e muitas vezes enérgico, porém simultaneamente calmo e compassivo.

Mas o que isso tem a ver com Isaías capítulo 40 versículo 31? Muita coisa.

Certo dia, parei para me observar. Tomei um susto, pois mesmo conhecendo a Palavra, estava consideravelmente distante dela. Deixando meu “eu” carnal falar mais alto do que o Santo Espírito que deve brilhar através de mim. Observei em como eu estava me tornando banal, assim como o a juventude em que estou inserido (num todo).

Não é difícil tomarmos conhecimento de gravidez precoce, drogas, orgias, palavras que não condizem com o que deveria realmente ser dito, e assim por diante. Infelizmente quase tudo isso, se não tudo, está entrando na igreja.

Digo isso porque participei por um tempo deste grupo banal, tudo aconteceu entre os 16 e 18 anos. Com 18 me converti e descobri minha vocação missionária. Por isso posso dizer que não existe muita diferença entre jovens ditos crentes e jovens ditos do mundo. Todos têm a mesma libido, pensamentos, necessidades e impulsos. A diferença está na forma como cada um reserva seu tempo, seu corpo, seus afazeres e desejos. Em pleno século 21, onde todos estão cada vez mais individualistas, o homem, o jovem, ainda necessita da intervenção de Deus em sua vida.

Deus opera nos mínimos detalhes, porém na minha observação, Ele tem operado em cadáveres. Como estudantes de medicina que treinam nos seus semelhantes para depois colocarem em prática o aprendizado. Ou seja, nós somos os cadáveres! Deus quer servos vivos e dispostos, nossos “valores” é que nos matam.

Ele nos deu o dom do livre arbítrio e o que fazemos com ele? Ateísmos, libertinagem sexual, relacionamentos indevidos, amizades infrutíferas, alienação e falta de convívio com o evangelho.

Deus não se entende, Deus se vive, pois está longe da compreensão humana. Nos deu seu Santo Espírito para servir de intérprete a aquilo que realmente nos interessa, para termos uma vida sã.

Ganância e ambição em ter conhecimento não é pecado, é necessidade. Pecado é querer tornar o conhecimento maior do que Aquele nos deu.

O ser humano tornou-se antropocêntrico, pois prefere ser o seu próprio deus. Mas o homem é como uma criança que necessita de limites. A lei funciona para manter a ordem legal, Deus age quando o convidamos para ser esse Pai que diz os limites que precisamos para seguir uma ordem ética.

Assim como o próprio Deus fala em Isaías 41:13, ele também fala em Efésios 2:8-10, Colossesnses 3:16 e 17, Romanos 10:8-11... Tantas passagens eu poderia citar!

O convite para seguir a Deus foi dado a todos, mas, infelizmente poucos estão aptos. Negar a si mesmo, tomar a sua cruz e segui-lo não é uma tarefa fácil, muito menos “disponibilizante”. Antes de tudo devemos buscar o Reino dos Céus para não cair na ansiedade. Deus e sua maravilhosa graça são bons, então porque se desesperar e achar-se na ansiedade se podemos simplesmente esperar para um dia sorrir e sentir aquele doce sentimento de paz e a certeza de que a graça é para todos?

Não temos a quem recorrer se não a Cristo. Seja em momento de alegria, tristeza, apreensão ou euforia.

Sem realmente querer ou perceber, comecei a observar a vida de uma pessoa que muito me intriga. As escolhas feitas por ela, em vez de causar dúvida e repulsa, podendo parecer serem chatas, na verdade atraem, pois são escolhas maduras, sinceras e antes de tudo, apaixonadas por Cristo.

Esse texto foi dedicado a Natalia Barros, que tem se demonstrado amiga, companheira, militante suave e cautelosa em prol do Evangelho, além do mais, bastante paciente, porque lidar comigo é tarefa para poucos. Que as graças infinitas do Pai estejam contigo. De qualquer forma, obrigado por somar algo a mais na minha vida, pois mesmo sem você saber me ajuda a ser mais maduro e comprometido com Deus.