domingo, 8 de fevereiro de 2009

Viver em uma bolha

"O que desejamos é trazer para um mundo fundamentalmente descontínuo toda a continuidade que ele pode sustentar."

- Georges Bataille





Existe algo na psique que me comove que me convida a tentar descobrir o que há de mais em estar vivo, em estar morto. No suicídio quem sabe. Existe algo na matéria humana que transcende o querer de tentar entender, viver, ser. Criticar, acreditar ou interpelar sobre tudo que nos diz respeito, ou não. Tornamos-nos apenas, mais e mais, espectadores, como nesses shows televisivos vendidos por aí.

Não há muito que ser dito, comentado. Imagine-se apenas em uma cadeira, lá, sentadinho observando o mundo passar na tua frente. No final das contas, tudo que possui uma razão dá-se por conta que é apenas um sopro diante da imensidão do que realmente existe ou está à disposição. Diga-se de passagem, a nós, humanos, amantes dos platonismos da vida.

6 comentários:

bittersweet disse...

minha bolha era confortável, até que rolou até uma ervilha, que me incomoda desde então...
mas ainda assim, viver na bolha é mais seguro, é mais familiar...
pena, queria ser corajosa, espocar a bolha e comer a ervilha, do chão mesmo.

Adriana Gehlen disse...

super platonismos.

adorei o formato-layout do blog. (:

Frank Lima disse...

eita Marcão sempre me surpreendendo com suas otimas reflexões.

abrços meu caro amigo sarcastico/simpatico.

Anônimo disse...

Que frase matadora! Pura!

Perdi o ar...

Fernanda H.A. disse...

Destrua a bolha e viva intensamente até o precipicio!



Bgs da Lua!

Pauliane MS disse...

Somos espectadores de nossa vida, enquanto outros (as vezes desconhecidos) transformam-se em protagonistas de nossa história.



Como sempre me sinto entorpecida por tuas palavras.

Beijos