segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Aniversário

Datas são o não acaso para que outrem não se esqueça de um dia em especial.
Assim como dar vazão e importância a pequenos detalhes e gestos quando os mesmos pequenos detalhes e gestos não existem; aquilo que antes era mera convencionalidade da data faz doer o peito por dentro por conta do esquecimento.
Existem simplicidades que deveriam ser cultivadas diariamente.
Mas do esquecimento de outrem faz nascer o seletivismo e a expiação do que realmente importa.
Poucos sorrisos se fazem possíveis de serem vistos na verdade quase contidos; é preferível uma atitude de inexistência se o não ao culto em prol do individualismo.
Nesses mares desertos é que faz sentido estar sozinho e estar aquecido estando debaixo de uma chuva com ventos frios e com frio estando debaixo de um sol escaldante como o que tem assolado a minha cidade atualmente ou estar rodeado de pessoas e sentir como se nenhuma delas existisse.
Datas são o mero acaso da convencionalidade mas que mesmo quando por advento são esquecidas fazendo doer o peito.

6 comentários:

Daniel Fernandes disse...

Teu aniversário passou? Quando foi? hehehe

Datas realmente são um mero acaso da convencionalidade, mas o que seria de nosso cotidiano se não fosse a convenção?
O cotidiano é o coletivo da convencionalidade.
A data é só uma marcação sistemática da série que o forma.

Rafael Sperling disse...

Eu não sei o aniversário de quase ninguém, só o do meu irmão. Eu o meu, de vez em quando.
Abraço

Marcelo Mayer disse...

os amigos falsos me tornam os melhores em meu aniversário. e ainda por cima todos lembram meu niver pq é uma data inesquecível para todos. principalmente pras mulheres. 8 de março.

Katrina disse...

Odeio datas, gosto do que acontece além dos números

Anônimo disse...

Nada contra datas, só ao fato de as pessoas fazerem determinadas coisas só na ocorrência delas, quando na verdade gestos como os abraços do aniversário, o beijo mais apaixonado no aniversário de namoro ou um abraço demorado em um dia das mães poderiam ser repetidos todos os dias.

Blog bom o teu, gostei muito.

Ah, valeu pela visita. ^^

Adriana Gehlen disse...

é vero.

esquecer dói. pra ambos os lados