segunda-feira, 22 de março de 2010

Ria comigo do que não tem graça

Eu não sou porra nenhuma
Só sou eu mesmo e olhe lá.

Olha que vida desgarrada e sem graça
Sim, as coisas não precisam ter nomenclatura.

Se existe sentimento aqui e ali
“Rá” faz-me rir do que não existe.

Olhe bem o que você irá ler
Como bem disse: não sou porra nenhuma, só sou eu mesmo e olhe lá.

Não presto e nem quero
E pra quê querer se a reputação é coisa da nossa cabeça?

Eu não sou porra nenhuma
Só sou eu mesmo e olhe lá.

Me ama e me beija
Me chama de “cú do mundo”.

Me xinga e me abraça
Não me larga por nada nessa vida.

Sim, pra quê prestar se você gosta do estrago
Se gostamos do estrago.

Se não prestamos também, se somos porra alguma
Se não sentimos nem choramos, se somos nenhuma variável
Se quando ficamos tristes rimos, se quando ficamos alegres choramos
Se somos o que somos porque dar maior valor?

Ria comigo do que não tem graça.

2 comentários:

Marcelo Mayer disse...

isso ai!
nada como auto-destruição poética!

Lene. disse...

isso ai!
nada como auto-destruição poética! [2]