quinta-feira, 3 de junho de 2010

Entre diálogos e admirações

Ao som de “Lilac Wine” e “Lover, You Should've Come Over”, ambas do Jeff Buckley

 

Tudo começou com uma simples twittada que dizia assim: “Perdi a conta de quantos casais de lésbicas vi hoje. Nada contra opção sexual alheia, mas isso me frustra enquanto homem hetero”. Realmente, nada contra a opção alheia, penso que apesar de não fazer apologia sobre o assunto, respeito gera respeito e tendo isso como base a apologia não faria muito sentido mesmo. Enfim, não entremos nesses méritos...

Tava conversando com meu amigo @ykizbr sobre o que todo homem adora conversar, isso quando o assunto não é automóvel e bar, ou seja, mulher. Ambos recordando momentos, situações, pessoas e atitudes tomadas que hoje sabemos que foram as corretas, além de déficits reconhecidos sobre “N” temas diferentes sobre as mulheres.

Eu confesso que sou um eterno admirador do sexo feminino, não apenas porque a minha família é impregnada em sua grande maioria por elas, mas, por elas serem admiráveis mesmo. Já disse em outro texto aqui no Seco/sarcástico Simpático que elas são o sexo forte e nós o fraco. E são mesmo, sempre serão, não por apenas terem dentro de si um eterno estado de altruísmo, mas por serem mais competentes e superiores em quase tudo... Eu disse “quase” ^^.

A conversa se estendeu sobre inúmeros sub-pontos, mas alguns me chamaram a atenção. A exemplo: em se tratando de frustração hetero, o cara foi o único a me entender a respeito disso. Nesses momentos baixa um espírito machista na maioria, como se fosse possível transformar a vida num grande filme pornô. Já tive experiências com mulheres bissexuais e de como me senti um objeto para elas, de como isso e outras situações estavam me deixando oco por dentro e ainda mais como isso me preocupava por tamanha insensibilidade para com a vida alheia. A culpa não é delas, mas minha por não evitar o evitável.

O outro ponto é uma mera continuação do anterior que diz respeito a sentir-se cansado e extasiado de muita coisa ou quase tudo. O problema, é que só tenho 22 anos, e seria mais próprio ter essa atitude ou sentimento quando estivesse beirando os meus 50 ou 60 anos. Disse algo mais ou menos assim: “Sem sensacionalismos, eu queria muito poder dizer isso aos 50 ou 60... então acho que tu podes ter uma noção do que ter algum equilíbrio significa pra mim”.

Equilíbrio não diz respeito apenas à maturidade e encontrar-se, ser segurança para alguém e para si, muito menos ser estável. Penso que equilíbrio está mais ligado a sintonia entre valores e prioridades inerentes a qualquer pessoa que se sinta viva, que queira viver e promover vida, e isso independente de toda adrenalina que eu possa ter e gostar de consumir.

Tava escutando uma música dia desses de uma banda que há muito não parava para dar ouvidos. O nome da banda é Staind, e é mais uma dessas que fazem nu metal. Pela sonoridade adotada e letras melancólicas, ela facilmente tocaria numa Jovem Pan da vida, porque a letra é bobinha e a sonoridade não é tão pesada. Em determinado trecho diz assim: “É como poesia ouvir você respirando do meu lado; Como se eu estivesse no céu como se eu estivesse morrendo, tão contente por você fazer este caminho comigo”. Não precisa dizer muita coisa né? Como havia comentado anteriormente, é uma letra bobinha, mas que tem lá seu impacto. Ah, o nome da música é Fill Me Up.

E o papo foi se prolongando e a gente entrando em acordo na maioria dos pontos. A propósito, um ressaltou bastante, o de que elas parecem que gostam do paparico, seja no bom sentido ou não. Mulher gosta de se sentir cobiçada, e pudera, porque nenhum escolhe a mulher que vai ter, muito menos conquista, são elas quem fazem isso. Fazendo menção ao machismo mais uma vez, a maioria diria da forma mais chula “Eu comi tal pessoa”. Sinceramente, quem “come” é a mulher, quem faz todo o serviço e finge o orgasmo quase sempre é a mulher... Então pra quê bater no peito e dizer “Eu sou o macho aqui e tô marcando território”?

É como se nós andássemos por aí com um grande currículo estampado em nossas testas e elas comentassem entre si qual vale mais à pena. Por isso eu acredito que quando uma mulher é corna ou vai sofrer algum tipo de bagunça por parte de homem que não presta, ela já tem plena consciência disso. O que parece fazê-las insistir no erro é o senso de cuidado, zelo, regeneração, aquele velho espírito materno que todas têm em moldar caráter alheio, comportamento, sempre frisando os lados bons cegamente.

Crises desse tipo são previsíveis porque o ser humano é previsível. Insistimos porque é da nossa natureza, assim como rebeldia e a transgressão. Talvez por isso eu seja tido como grosso e insensível pela maioria. Pelo contrario, modéstia parte, penso que entendo muito bem a cabeça de uma mulher, apenas não dou trela para as aquisilhas frescas que todas elas têm em determinados momentos... Acho que por esse motivo elas ficam putas comigo =P.

Enfim, não vai ser por isso que vou desmerecer esse ser que me enche os olhos sempre que paro para observar.

Lésbicas, gays (que são homens com alma de mulher), bissexuais, heterossexuais, tudo farinha do mesmo saco. São todos humanos, e como diria o tal pensador maluco, Nietzsche, “humano, demasiadamente humano”. Eu continuo com minha eterna admiração, falta de escrúpulo e pudor, e elas continuam com sua inegável doçura, essência diabólica, conspiradora e minimalista. Talvez por isso cada um com sua preferência sexual, se superam constantemente a ponto de criarem palavras e/ou sentimentos que não cabem em nenhuma caracterização: Amor!

2 comentários:

ykizbr disse...

Uma grande conversa. Como já foi dito eu concordo em muitos aspectos contigo. Mas faltou salientar que nesse vai em vem de frustrações, muitas evitáveis, como você mesmo disse, a mulher acaba se fechando em demasia e por fim não dá chance a quem realmente merece. Querendo aqui ser polêmico, não falarei dos benefícios de tal atitude, mas lhe direi sobre um ciclo que pude perceber ao longo desses anos:

No 1º relacionamento a mulher cai de cabeça, se entrega ao cara achando que como nos contos de fadas, tudo é para sempre. Para a tristeza de muitas, elas vêem que as coisas não são bem assim e que por imaturidade de uma ou ambas das partes o relacionamento não dá certo.

Então ela parte para outro relacionamento, mas neste ela chega com o pé atrás, provavelmente porque seu ex companheiro em algum momento a sacaneou. A partir desse ponto devemos analisar 2 variáveis:

1º O cara também vêm de uma decepção amorosa e está receoso
2º O cara acha que dessa vez tem tudo para dar certo e cai de cabeça no relacionamento

Então, se ela namora o cara nº1 os dois viverão desconfiados sobre o outro e por conta disso estará o relacionamento fadado ao fracasso

Se ela namora o cara nº2 ele vai fazer de tudo para resgatar nela aquele amor/carinho que há muito estava perdido por conta de experiências ruins. Se ela acreditar nele e se entregar ao relacionamento, as chances de ser algo duradouro estarão ampliadas.

Continuaremos falando desta tal menina, vamos supor que por algum motivo qualquer o relacionamento não tenha dado certo de novo. Provável que ela se culpe por não ter se dedicado mais e promete dar o melhor de si na próxima. Neste ponto ela volta a ser aquela menina que acredita que com dedicação e amor pode ser feliz novamente.

Em "poucas" palavras é mais ou menos assim que eu acredito que os relacionamentos funcionem. Não acredito em pra sempre, mas acho que quando os dois estão dispostos a se doar, as chances de serem felizes são bem maiores.

Pra finalizar: se não quer "cair de cabeça" em algum projeto, nem te joga.

Nanda Assis disse...

concordo mas n vou entrar em detalhes.

bjosss...