sexta-feira, 17 de setembro de 2010

“Clube do Eu Sozinho”

Ao som de Cristalino do China





03:50 da manhã, mais uma noite em claro. Aos que estão por acaso lendo isso aqui, devem estar se perguntando “Mas a hora não é a mesma da postagem...”. Ora porra! O que interessa é quando foi escrito e não quando foi divulgado; Todo mundo dormindo, até a minha cadela estava dormindo, em cima da minha cama pra variar. Eu aqui com meus mil pensamentos comecei a confabular outras mil coisas sobre coisas que já vinha escrevendo por esses dias. Na verdade uma confusão de coisas que convergem em uma só: Não é bom ser bonzinho, é bom ser mauzinho! Entenderam a metáfora? (Tudo é diálogo, encarem isso aqui como sendo um.)

[...]
- As pessoas querem tanto entender... Mas, entender pra quê? A diversão está em não entender! Correm tanto atrás de um futuro e eu já desisti do meu.
- “Pessoas inteligentes são difíceis de encontrar. Mulheres inteligentes e belas são uma coisa raríssima...”, disse o cineasta José Padilha se referindo a prima, a atriz Maria Ribeiro. Sei lá, me apropriei da frase porque pareceu plausível.  Como a própria atriz se auto-descrevera em uma coluna pra Revista TPM, irmã gêmea da Revista Trip (só que para o público feminino):

Quando eu tinha 8 anos tudo o que queria era fazer logo 10: andar sozinha no elevador, sentar no banco da frente do carro, fazer meu próprio brigadeiro. Aos 13, bonecas de lado, sonhava em ter 18: dirigir seria o suprassumo da existência, sem falar na perspectiva dos amores. Mas, com 25, dirigindo, cozinhando e casada, esperei os 30 para não ter a obrigação de ser tão jovem e feliz. Hoje, aos 34, longe das angústias dos 20, já sabendo um pouco quem sou, sonho me desocupar. Chegar aos 40 livre do que não me serve mais. Ficar mais inteligente e menos séria, não necessariamente nessa ordem. Saber dizer não para o sim ser de verdade.”... Ai ai, eu quero uma Maria Ribeiro!

[...]
- É como ler Cântico dos Cânticos de Salomão. Doce, suave, romântico e também extremamente erótico; vide as entrelinhas e metáforas. O mundo é uma grande sacanagem, porque não sacanear mais um pouco?
- Vocês mulheres parece que gostam de arriscar no que não se deve. Mas, geralmente o que não se deve arriscar é mais gostoso!
- “Problema com mulher é quase um pleonasmo.”, ouvi isso em uma cena do filme Histórias de Amor Duram Apenas 90 Minutos, e sinceramente, concordo. São tão problemáticas que chega a ser indispensável não tê-las em nossas vidas.

[...]
Em outro momento dialogava com uma amiga que mora em Niterói, a gente tava falando outras mil coisas, e, como de costume geralmente o papo se desbanca para análises críticas. Em dado momento nesta mesma conversa já estávamos discutindo sobre “O que é diferente ao mesmo tempo em que atrai, repele. Se atrai ou repele é por conta da conveniência que todo ser humano possui sendo agredida. Uns transformam em tesão, outros em pré-requisito para pré-conceito”:

Eu disse: - Bem, eu num sou das pessoas mais convencionais ou pacatas. Eu gosto de me sentir vivo e a pessoa que estiver comigo também poder se sentir viva. Eu gosto da adrenalina, "do estrago" como diria Rodrigo Amarante da banda Los Hermanos na música O Velho E O Moço... Eu gosto é dos puxões, das mordidas, dos tapas na cara... Mas, ao mesmo tempo eu gosto do cafuné, do dengo, dos adjetivos no diminutivo (mas só quando estou em reservado com a pessoa, só eu e ela), gosto de dar flores, gosto de ser um cara família; sobre a interdependência, eu sou uma pessoa livre e detesto que dependam de mim e vice-versa. Mas em se tratando de relacionamento, é obvio que eu queira cuidar de alguém e esse alguém de mim. Então prefiro a leveza do jazz e a sacanagem do blues, a destruição do rock e a total entrega que é a bossa-nova. Pensei em pôr o gospel, mas percebi que não combinaria com tanta carnalidade aqui dita e ostentada... Então que se faça um trato de interdependência nesse aspecto.

Eu ainda continuei: - O sexo para mim possui duas conotações: aquela que você faz por instinto animal (e isso independe de ser homem ou mulher) e aquela que você faz sabendo com quem está fazendo e porque ta fazendo. Acho que é bem aí que mora essa congruência de ser “um só”. Nunca transei com uma mulher gostando realmente dela, a ponto de sermos uma só pessoa no momento. Dizem as más línguas que é realmente divino. Não que eu não queira sentir esse sentimento divino, sentir o arrepio na espinha, apenas ainda não tive sorte (se é que a sorte existe).

Ela respondeu: - Eu acho que no sexo não! No sexo, pra ser legal, as pessoas têm que ter gostos parecidos. Eu não sigo muito essas convenções. Conheci um cara diferente do meu estilo de vida e ele realmente me atraiu. Saí com ele mesmo só pra tomar uma cerveja, conversar, não o achava bonito e tava enrolada com outra pessoa, a gente passou a noite conversando e ele nem ficou me azarando, quando foi me deixar em casa de repente surgiu um clima, nem deu muito tempo de pensar e foi ótimo. Isso foi numa segunda-feira, nessa semana ele veio a Niterói na terça, na quarta e na quinta. Saía do trabalho, pegava o trânsito caótico do Rio só pra vir me ver, gostei disso, gostei da companhia dele, gostei do jeito que ele me beija, me toca, enfim, não tinha por que não ir pra cama com ele.

Eu retruco: - Porque geralmente quando não se está demonstrando interesse é que as coisas acontecem?

Ela finalmente conclui: - Sei lá, acho que faz com que as coisas fiquem mais naturais, menos forçadas.

Horas mais tarde ela me diz, “Dei um pé no complicado hoje!”. “Mas meu Deus, já? Num tava tudo bem?”, pensei. Aí ela completou dizendo “Quando ele veio com a conversa de que não queria compromisso, se amarrar a alguém, eu disse que isso não era importante pra mim, que a única coisa que eu queria é que ele estivesse aqui nos fins de semana que eu estiver. (Ela tem uma filha linda de 10 anos, salvo engano, e as vezes viaja para visitar o rebento). Hoje ele me disse que ia viajar no fins de semana e eu achei melhor parar por aqui. não sou o tipo de mulher que fica em casa esperando, nem gosto de sair com outras pessoas quando tô gostando de alguém. Então fim de papo!”. oO Que porra é essa? Porque Senhor? Porque as pessoas são tão burras? Porque tu permitiu que algumas se afeiçoaem por burros e caras como eu fiquem na merda? Tu anda muito serelepe pro meu gosto viu!
[...]
- Esse é chato quando se é 8 ou 800 como escorpianos tipo eu
- Ela rir e dá tchau depois um beijo (virtual, é claro).

[...]
Pensei depois, “Chorar, é a pior maneira que um homem ferido pode ter!”; Incrível como quase tudo se resolve depois de muito álcool. Hã?!
E assim eu finalmente resolvi tentar ir dormir...

5 comentários:

Rose disse...

Deus! Que é isso? rsrsr! Eu não te entendo, quanto mais te leio menos te compreendo! Você sai do culto cristão à orgia numa naturalidade! Um "porra" aqui e ali um versículo bíblico!!!
Quem és tu?! Hum... vai dizer que as coisas coexistem e uma não anula a outra?

M. A. Cartágenes disse...

Papai do céu só me fez um pouco fora da convencionalidade, cortando pela tangente. Eu só me dou o trabalho de sê-lo.

E sobre as coisas coexistirem, mesmo que se confrontem constantemente, bem, é isso aí que eu sou: um conflito com direito a bastante ironia pra tentar rir mais! Jamais negando ou me voltando contra as minhas raízes e valores epirituais.

Levar-se tão à sério num faz bem, as vezes.

Até!

Eliza Barroso disse...

Gostei!

Inté.

Rose disse...

rsrs

Ok.Compreendo...

Anônimo disse...

eu gostei desse post...realmente naum quis compreender nem entender nada, apenas li e gostei, num sei se vc me entendeu, hehehehe, mas falando sério, foi diferente, como são todos os outros e mto interessante!! juliana