sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O que faz bem ao coração

Quem nunca ouviu aquela bendita frase que diz: “É porque você nunca amou de verdade, amor verdadeiro e não apenas mais um corriqueiro”. Sinceramente, nunca consegui entender o fundamento disso! Não é que o porquê de não ter encontrado a “tampa da panela” ou qualquer outro jargão tosco pra essas paixõezinhas fajutas, é que apenas certas coisas não se sentem, e sim se pensam.

Não é de hoje, sempre quando me dou a vontade de escrever sobre o tal do trivial amor por aqui no blog, me pego pensando na dicotomia que é sentir e discernir. Sem muita prolixidade amor pra mim não é sentimento, é razão, um amontoado de ações e reações, feito e efeito, causa e conseqüência. Mas, não posso deixar de frisar que paixão sim é sentimento. Paixão é que mantém qualquer coisa em seu estado vivo, perene, constante, com todo fogo possível!

E que blasfêmia é dizer: “Encontrei o amor da minha vida!”, porque sempre vai existir alguém pra observar: “Que vida? Você é apenas um jovem aprendendo sobre a própria vida!”. Penso que não é o fato de alguém ser jovem que o mesmo desconheça ou conheça demais. Situações na vida à parte, sempre dão mais respaldo para aprendizado e por sua vez ensinamento. Os mais consistentes que até hoje tive foram dos adolescentes próximos a mim, cada vez mais parecidos com adultos, reservam inconscientemente alguns charmes pertencentes a sua faixa etária do momento.

Se me perguntarem quantas vezes amei, vou dizer que apenas uma. Lembra daquela outra grande frase? Aquela assim: “Primeiro amor nunca se esquece...”, o meu foi no ano de 2008, tinha 21 anos, primeiro namoro, enfim, daí vocês podem entender a cachoeira de besteiras ocorridas. Logo, é de se deduzir o complemento da frase: “... no entanto, se amadurece.”. Paixões e amores em questão, por mais que se crie birra sobre tal coisa ser resquício de romantismo a base de ilusão, de utopia, de tudo aquilo que por ventura cogitamos e na vida real nunca teremos, nunca ninguém admite ser um troço extremamente útil.

Paixão é o que nos justifica, permite viver, insistir nas causas perdidas, nos faz cegos confiantes no bom porvir. Amor é concretização de muita ponderação, é racionalidade serena e perene, é conforto pleno, é saudade que não machuca e materializa a esperança de uma companhia esperada por tempo indeterminado. Se o amor da sua vida foi encontrado mil vezes, então que venham outras mil. Certezas nós temos apenas para conosco, de todo resto, é apenas resto.

Se existe uma coisa que parei de exclamar é desmerecer-se pela pouca idade (tenho 23). Dia desses estava lendo a Bíblia (sim, eu leio a Bíblia; e fico triste por aqueles que não a leem, talvez ainda pelo mito de “foi escrita por homens” e todo aquele blábláblá. Se dizem que ela é a Palavra de Deus, então permita que Deus fale com você através da mesma e não através de conceitos montados. Faça a diferença conhecendo as coisas em sua propriedade e não em parcialidade provinda de terceiros, sabe, aqueles malditos comentários de quinta!), mais especificamente na primeira carta a jovem pastor Timóteo, capítulo 4 e versículo 12 que diz assim:

Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza.” – 1 Timóteo 4:12

O apóstolo Paulo escreve as duas cartas ao jovem pastor Timóteo como forma de encorajá-lo no ministério que Deus havia impelido o mesmo de cumprir. Naquela época, era de costume somente os mais velhos ou anciãos estarem aptos a ter determinadas responsabilidades, uma delas era a de ser porta-voz de Deus para as pessoas, em outras palavras, um líder religioso. Timóteo quebrou o protocolo, como se diz hoje em dia, e provou que mesmo jovem era tão competente e conhecedor daquilo que ele recebera instrução para pregar.

Aí você deve se perguntar o que isso tem a ver? Tem que o texto inteiro gira em torno de uma única coisa e talvez não tenha ficado tão clara desde o início: “Seja maduro e consciente para dizer o taleu te amo, como também astuto e inteligente em não cair na rotina quando a tal paixão sobrevier. Seja jovem e não descarte todo o gás e avidez que se tem nesse tempo, mas também pondere, aprenda a esperar, aconselhe, seja paciente naquilo que não for imediato porque se assim não é, porque é para ser. O tempo faz o caráter, prioridade, valores e essência serem moldados a fim de terem um único fim... Descubra o seu!”.

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