domingo, 25 de março de 2012

Coisas altas

Eu e minha mãe sempre conversamos sobre inúmeros assuntos. Debatemos desde coisas simples do dia-a-dia até os prós e contras que dizem respeito a nós mesmos, diante do que somos e fazemos. Aconteceu que em uma dessas conversas ela compartilhou comigo a meditação do culto deste último domino (25 de março) pela manhã, dita de púlpito lá na igreja.

A comunidade da qual fazemos parte está em um fim de semana de conferência, o que significa que a igreja está em aniversário. O preletor convidado para levar a meditação bíblica para a congregação foi o pastor Marcos Gruvira, da Igreja Batista Central, localizada aqui mesmo em São Luís. Ele desenvolveu seu pensamento baseado na passagem de João 16, onde Jesus chama a atenção dos seus discípulos para o advento de sua ida aos céus, mas que em seguida ele enviaria o consolador, ou seja, o Espírito Santo, para ser o elo entre Cristo e os crentes nele até que o próprio Jesus venha novamente para arrebatar a sua igreja.

Então... eu e minha mãe conversamos a respeito desse capítulo (caso você queira lê-lo, busque por um Bíblia com tradução “Almeida Corrigida e Revisada Fiel”, “Almeida Revista Imprensa Bíblica” ou “Nova Versão Internacional”, que a meu ver são as melhores e mais fiéis ao sentido original do grego e hebraico, idiomas que compõem as Escrituras Sagradas originais), e começamos a debater a cerca do que viria a ser crer em Cristo, a vinda do consolador e a própria natureza do Espírito Santo e a sua utilidade/importância para nós.

Eu entendo que Jesus Cristo cumpriu todos os pré-requisitos do Messias predito pelos profetas do Velho Testamento, como também cumpriu mais de 100 profecias bíblicas acerca da natureza, origem e missão do Messias. Eu creio também que esse mesmo Jesus prometeu e cumpriu o que disse aos discípulos quando salientou que depois do seu retorno para os Céus, que o consolador, o Espírito Santo seria enviado e foi enviado.

Contudo, preciso destacar algumas características do Espírito Santo, até porque Ele é uma Pessoa porque possui uma mente, emoções e vontade, logo:

- o Espírito Santo pensa e sabe (I Coríntios 2:10);
- o Espírito Santo pode se entristecer (Efésios 4:30);
- o Espírito intercede por nós (Romanos 8:26-27);
- o Espírito Santo toma decisões de acordo com Sua vontade (I Coríntios 12:7-11);
- o Espírito Santo é Deus, a terceira “Pessoa” da Trindade
- como Deus, o Espírito Santo pode verdadeiramente agir como o Confortador e Consolador que Jesus prometeu que ele seria (João 14:16,26; 15:26).

... portanto, tendo como norte esses pontos postos acima, posso começar a entrar no que eu e minha mãe conversávamos de fato.

No episódio contido no evangelho de João, capítulo 16, Jesus estava doutrinando os seus discípulos sobre o que e quem é o Espírito Santo, porque até então aqueles homens só conheciam sobre Deus aquilo que viam através de Cristo, e por isso, o Espírito Santo seria Aquele que continuaria a obra só que não através de Jesus e sim por meio dos próprios seguidores de Cristo e também de todos aqueles que creem no Filho de Deus.

Mas, como isso funciona? Pense comigo, se uma pessoa crê em Cristo, confessa a Ele os seus pecados e pede que O mesmo seja Senhor de sua vida, essa pessoa não tomou essa decisão sozinha, alguém precisou convencê-la disso. É justamente esse o primordial papel do Espírito Santo, o de convencer a pessoa de que ela necessita do perdão de Deus pelos seus pecados cometidos e através disso ter a salvação de sua alma.

Diante disso, a partir do momento em que recebemos o Espírito Santo nós entendemos que não dependemos mais de nós mesmos nem do raso poder de conhecimento e força que nós seres humanos possuímos. De agora em diante, temos a humildade e a maturidade espiritual para reconhecer que somente por meio de Cristo, através da pública manifestação de fé, e na crença de que o Espírito Santo foi quem nos convenceu da nossa condição limitada e pecaminosa, é que podemos dizer que somos salvos.

Mas aí vem outro “porém”, qual a finalidade disso tudo? O ponto crucial disso é: “E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: ‘Como são belos os pés dos que anunciam boas novas!’”. Esse trecho está na carta de Paulo aos Romanos, capítulo 10 versículo 15. Se somos salvos, logo a nossa principal missão não é converter pessoas, como muitos dizem e expressam, até porque quem converte é o próprio Espírito Santo; a nossa incumbência é a de procurar novos adoradores do Pai, porque não tem coisa melhor do que adorar à Deus.

E quais são os privilégios para quem foi regenerado pela salvação mediante a confissão de pecados a Cristo Jesus? Os privilégios são o ter livre acesso até Deus para adorá-lo, ter a Deus como o nosso Pai, coisa que nenhum outro que promete paz e libertação, pode ser. Ter o Espírito Santo é também um privilégio, pois através dele temos o discernimento do que é e do que não é vindo do próprio Deus. Vivemos em um século onde mais do que nunca as pessoas buscam verdade para saciarem a sua sede de justiça, de paz, de segurança, de possuir uma vida digna. Nesse ponto, eu faço minhas as famosas palavras de Cristo quando ele disse “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim” - João 14:6.

Se alguém quer encontrar paz, procure ter como alvo a Cristo. Se alguém quer vida em abundância, procure ter como alvo a Cristo. Se alguém quer ter os seus pecados remidos e a vida limpa para ser aceito na presença de Deus, tenha como alvo a Cristo. Se alguém quer de fato conhecer a verdade e ser libertado por essa verdade, tenha como alvo a Cristo! Isso tudo é tão simples, basta crer Nele, porque até mesmo crer em Cristo nos priva de sermos enganados por lobos vestidos de pele de cordeiro, como esses que vemos aos montes em pequenas congregações, cantos das ruas e nas televisões. Crer em Cristo nos dá uma injeção de imunidade às mentiras venenosas que muitos falsos líderes religiosos, muitas vezes usando como base a própria Bíblia mas de maneira deturpada, enganam milhares e milhares, manchando e tirando a fé daqueles que necessitam de esperança. Crer em Cristo nos dá acesso ao Espírito Santo de Deus, que habitando em nós, serve como um termômetro e nos guia para as coisas que realmente são vindas de Deus e podem ser usadas para o louvor Dele.

Muitos dos que caíram e ainda caem e se perdem pelo caminho é porque mesmo tendo ciência disso não cultivaram as verdades bíblicas, não procuraram ter um compromisso íntimo com Deus a ponto de nada mais importar se não desejar estar na presença do Pai. Muitos estão sendo enganados porque lhes são pregados um “evangelho” da autoajuda, onde tudo é muito perfeito e cor-de-rosa, onde Deus mais parece um mordomo ao invés de Deus soberano e eterno, justo Senhor, Pai que cuida dos seus filhos e pesa a mão sobre eles como forma de educar e salvar!

Por fim, possuir o Espírito Santo é um presente, é um dom, é uma dádiva que somente os remidos pelo sangue de cristo têm acesso. Somente aqueles que entendem qual o propósito de Cristo quando Ele morreu numa cruz por mim e por você, é que dão glórias a Deus por Ele ter feito essa promessa aos discípulos, de que enviaria o consolador e até hoje essa promessa persiste e consiste.

Tenho ainda muito que lhes dizer, mas vocês não o podem suportar agora. Mas quando o Espírito da verdade vier, ele os guiará a toda a verdade. Não falará de si mesmo; falará apenas o que ouvir, e lhes anunciará o que está por vir. Ele me glorificará, porque receberá do que é meu e o tornará conhecido a vocês. Tudo o que pertence ao Pai é meu. Por isso eu disse que o Espírito receberá do que é meu e o tornará conhecido a vocês. - João 16:12-15

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