terça-feira, 28 de agosto de 2012

Um coração sincero não será rejeitado

Ok, as coisas não andaram como eu esperava que andassem. Quero dizer que algo pelo qual eu lutei por um bom tempo se foi, mas eu entendo ser necessário o fim para que no momento certo o fim se transforme em recomeço e um recomeço com tanta vontade, mas tanta vontade, que nada nem ninguém dissipará ou enfraquecerá os novos capítulos que virão.

E é entre essas idas de vindas e episódios dramáticos dessa vida, que eu reconheço a necessidade de mais e mais aprender o que é conter-me, o que é esperar, o que é depender da provisão de um Deus que não posso ver e tocar ou ter a certeza de que está me ouvindo... isso tudo é esperança e a esperança produz fé e fé é tudo que eu preciso agora.

Dentro da novela mexicana no modo “hard” que é a minha vida, eu me deparo com alguns conceitos de “Adoração”. Pode não parecer ter muito nexo com tudo que disse anteriormente, mas é que não me cabe entrar em detalhes para não expor o que não deve ser exposto... A vida de quem quer ser reto diante de Deus requer adoração, e não é uma coisa assim apenas de cânticos e abstenções, está ligada a valores e prioridades, amores e paixões, inclinações e desejos contritos que brotam no coração.

É necessário entender antes de tudo, que “Louvor” e “Adoração” não são momentos, mas sim estilos de vida, práticas e condutas que devem fazer parte do nosso uso e costume desde o acordar até o dormir. Diante disso, podemos listar três definições para “Adoração”:
1.    Adorar é render-se
A expressão “render-se” vem do grego “proskuneo”, e que se traduzido em sua essência nos levaria a um significado aproximado de “prostrar-se diante de” ou “curvar-se até beijar os pés de”. Essa etimologia nos leva a entender que adorar implica em “curvar-se”, a reconhecer a nossa insignificância e a submissão à grandiosidade dos planos de Deus para a nossa vida.

Em Romanos, capítulo 12 versículos de 1 a 8, o apóstolo Paulo salienta a verdadeira conduta de adoração que o cristão deve ter, e esta vai desde “apresentar o corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o culto racional”; passando pela “moderação e domínio próprio conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um”; e finalizando com o “exercício de sermos um só no corpo de Cristo, que é a igreja, de maneira que exercitemos a misericórdia com alegria”.
2.    Adorar é servir
Esse segundo conceito de “Adoração” implica em “aquele que não vive para servir não serve para viver”. Esse detalhe tem sido muito forte na minha vida atualmente, porque como disse anteriormente, determinadas coisas não se saíram tão bem quanto eu esperava, mas que mesmo assim eu guardo comigo, mediante a fé em Cristo Jesus, que o milagre virá e virá no tempo certo para o louvor do Senhor, o crescimento do Reino Dele aqui na Terra e o meu aperfeiçoamento espiritual também. Preciso guardar comigo a esperança, pois a esperança produz fé e fé é tudo que eu mais preciso agora.

A “Adoração” no serviço procede da expressão grega “iatreia”, que nos leva a conceber e questionar “Quais são os atos de adoração que tenho prestado?”. Em Hebreus, capitulo 12, nos versículos 12 e 13, o autor nos orienta a “fortalecermos as mãos enfraquecidas e os joelhos vacilantes de forma que façamos caminhos retos para os nossos pés para que o manco não se desvie para assim ser curado”.

Esse “manco” sou eu e você, os vacilantes da vontade de Deus no serviço que Ele colocar em nossas mãos, daí não nos questionar quanto ao cansaço, das dores da vida, da falta disso e daquilo, porque o Senhor é um Deus que supre o que é de nossa necessidade primordial para que no tempo certo nos faça deleitar naquilo que o coração humano tanto anseia.

Posso usar também, ainda em Hebreus capítulo 12, os versículos 28 e 29, que dizem:
“Portanto, já que estamos recebendo um Reino inabalável, sejamos agradecidos e, assim, adoremos a Deus de modo aceitável, com reverência e temor, pois o nosso Deus é fogo consumidor!”
Não preciso dizer mais nada, não é mesmo? ^^

Tudo isso nos leva ao ponto onde devemos ofertar tudo o que temos de melhor. Eu recentemente ofertei o meu namoro, mas antes disso eu ofertei o meu tempo e a minha vida. Essas são as coisas mais preciosas e ricas que possuo: a minha namorada, os dons e talentos que a mim foram concedidos, além do fôlego da vida. O resultado disso foi que Deus me tirou o namoro, me colocou num deserto espiritual árido e sem sombra para me esgueirar. Contudo, tenho sentido que vez outra, uma nuvem sobre mim com uma fresca sombra na minha cabeça, e no fim do dia o maná do céu vem para saciar minha fome e acalentar meu coração que está transbordando de melancolia e esperança.

Servir em adoração é entrega, servir em adoração é entender que não somos donos de nada nessa vida, se não, apenas mordomos de presentes vindos diretamente do céu para que sob a nossa responsabilidade sejam edificados, podados e deem frutos de louvor a Deus sempre e sempre.
3.    Adorar é reverenciar
Quando pensamos em “reverência”, imaginamos logo expressões como “respeito”, “admiração”, “identificar alguém como uma autoridade”. Pois é justamente dessa maneira que devemos adorar a Deus, em reverência reconhecendo-O em respeito, admiração e entendo que Ele é a autoridade sobre todas as autoridades.

Originário do grego “sebein”, a adoração em reverência implica em temer a Deus entendo que Ele é maravilhoso, bondoso, misericordioso e justo.

Para conhecer e saber mais de Deus não basta livros ou intelectos, é necessário se aproximar Dele em oração, em leitura da palavra (Bíblia) e aceitar a admoestação em amor que Ele nos dá. Como qualquer pai que educa o seu filho dizendo “não” e “sim” pensando no bem desse filho, o Senhor faz o mesmo conosco, e é aí que entra a reverência em amor, em respeito, em admiração e reconhecendo-O como autoridade de nossas vidas.

Por fim, finalizo com a passagem bíblica que está no evangelho de João, capítulo 9 versículo 31, que diz:
“Sabemos que Deus não ouve a pecadores, mas ouve ao homem que o teme e pratica a sua vontade.”
Isso alude para se O tememos e obedecemos, logo, mesmo que sejamos pecadores reconheceremos a necessidade de sermos lavados pelo sangue de Cristo mediante confissão de pecados. Assim, Deus nos concederá o privilégio de sermos ouvidos por Ele. Precisamos entender também que o verdadeiro adorador não busca os próprios interesses, mas antes de tudo se questiona sempre: “Será que isso que estou fazendo (falando, pensando, sentindo, vivendo, desejando) agrada a Deus?”. E quando isso for feito, e Deus estiver satisfeito com a nossa vida, naturalmente os desejos do nosso coração serão concedidos, não como um gênio da lâmpada mágica, mas porque a obediência não pode ter limites e precisa estar acima de qualquer coisa.

Um verdadeiro adorador tem prazer em temer e praticar a vontade do Senhor!

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