Escolhas idiotas nos tornam idiotas. Logo, em boa parte da vida somos idiotas tentando ter uma vida razoavelmente boa. Porém, mais idiota ainda é o esperto que subjuga o outro tão idiota quanto ele, com o seu silêncio, desprezo e vaidade.
Somos idiotas procurando algum tipo de redenção que nos tire da condição de burros inveterados, confrontados com alguma luz cósmica de esperança interior.
Somos idiotas que trocam o coração pelo prazer efêmero. A razão pela emoção prostituta. A certeza pelo prazer da dúvida desnecessária.
Mas aí tem algo na esperança, que mesmo diante das nossas idiotices, que nos redime afirmando ser sempre possível recomeçar. É quase como um sentimento divino, pueril, doce. Como aquele afago que dá medo de sentir e viver, mas que ainda assim faz falta.
Como um idiota nato, e que farei idiotices até o inevitável fim da vida, eu peço, clamo e suplico por oportunidades de recomeço. Contudo, um recomeço completamente doce como afago, que de tanto medo eu ter, mais desejo e mais anseio.
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