quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Mark

Acordar dia após dia... É o que Mark fazia, como se fosse à coisa mais comum do mundo, assim de forma simplória como quem não se importa com o que vai comer vestir, respirar, fazer, como se fosse algo já pré-estabelecido, ele nem se importa, mas se falta algo ele nota e se angústia e sofre por não poder ajudar, mas o incrível é q lá no fundo ele não se motiva tanto a querer ajudar.

Um dia Mark acordou, diga-se de passagem, pensativo, começou a indagar, escutou um som que o deixou cabisbaixo, solitário, logo ele notou que faltava algo, não ao seu redor, mas em si mesmo, ele corre para o seu refúgio, seja lá qual for o refúgio, ele tenta encontrar consolo, mas esse afago não vem.

Segue-se a manhã, segue-se a tarde, assiste um filme, come, rir um pouco ao ver tv, mas aí ele se recorda da angústia, essa angústia sem nexo e porque acontecer, justamente porque Mark tem tudo, tem um teto para se proteger do sol e da chuva, tem uma roupa para vestir, um calçado parar calçar, uma academia parar se exercitar, mas algo nele ainda não foi preenchido.

Talvez Mark saiba o porque desse vazio, e a angústia que o persegue de vez em quando, esperando pelo ao menos por uma oportunidade de coloca-lo onde ele não gosta, no banco dos réus e com um grande sentimento de culpa seguido de depressão passageira por conta do seu T.O.C (Transtorno Obsessivo Compulsivo).

Mark enfim declara que está cansado, cansado de joguinhos, cansado de si mesmo, das escolhas que fez, das atitudes que tomou, dos amigos que tem e fez das roupas que veste, do que fala, do que pensa, como se tudo fosse um grande teatro e ele fosse o palhaço, criado pelo diretor para entreter a platéia, parar disfarçar o drama. Mark cansa, Mark quase se entrega a nostalgia, Mark está por um fio, Mark não consegue mais conter isso que acontece dentro dele, o pior é que ele é incapaz de expor isso, não consegue mais controlar o que criou, achava bonito, mas agora não tem mais sentido e aos poucos o destrói!

Mark se distancia, senta numa cadeira, observa a tela do computador, troca algumas palavras com uma outra pessoa, depois sente-se inspirado e escreve isso!

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