Cá estou sentado mais uma vez de frente pro mar
Olho, penso, critico, sonho
A alma vai longe, mas tão longe que se quiser pode palpar algo
Logo ali na esquina onde se vende côco gelado
Estou mais uma vez contemplando as ondas quebrarem logo ali
Re-carregando minhas velhas baterias
Cheias de sal, causando ferrugem com uma pitada de nostalgia
Eu lembrei e relembrei
Instiguei e por incrível que pareça me acomodei
Olhei um rosto familiar, a lua acima da minha cabeça gritava o seu nome
No entanto, de modo tão doce
Que poderia ficar ali ouvindo gritos a noite toda.
Entro no meu carro
Isso mesmo, ônibus
Ligo o meu ar-condicionado ecológico
(abre a janela e deixa o vento entrar)
Coloquei meus "velhos amigos"
Estourando meus tímpanos
Penso mais um pouco, antes de cair na minha nova nostalgia
Relembro um pouco mais dos gritos doces
Da lua gritando um nome familiar
Que agora mais parece o silêncio
O coração quase já consegue esquecer
Eu disse quase
Quase?
Falta muito pouco, pois assim espero até um próximo ser divino
Enviado pelo Divino
A me corromper de tanto amor e prazer
A libido santa entraria em ação
E meu Deus como tu és bom!
Aquela velha alma de chumbo e segredos a cada dia vai embora
Toma menos espaço
Deus, te agradeço por eu ser tão ET.
Chego em casa
Limpo a areia
Tomo um banho para tirar o mormaço
Fico lá estático debaixo do chuveiro
Como se cada gota de água fosse a primeira
Imaginando ela se formar
Tomar forma de gota
Mais uma vez a lua e o nome gritam em minha mente
No entanto um novo nome surge
Tomo um susto
Acordo
Suado
Assustado
Meu Deus, mais uma vez não
Será que é ou apenas uma simples carência
Levanto, limpo o rosto e repouso toda e qualquer forma de pensamento
Sentimento...
Um dia quem sabe.
2 comentários:
Queriamos ter o poder entender nosso "eu" em todas as suas instâncias, complexo mesmo.
e adorei o texto de coração ;)
rapaz muito bom texto!!
diferente du teu introspectivo, apesar de mostrar-se no texto!!!
gostei muito mermu!!
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