quinta-feira, 16 de julho de 2009

A ilusão do poder

Depois de refletir em Provérbios capítulo 9, versículos 6 a 12





Eu realmente afirmo: É uma coisa na qual já esperava (sem querer ser pessimista), só não esperava ser semelhante a mesma intensidade que a intensidade passada. A famosa e fantasmagorica sensação de desconforto, diabruras existentes no meu ser, em série, querendo ser externadas.

É certo que algumas coisas precisam ser cultivadas e galgadas aos poucos para serem plenamente e de total propriedade de alguém. Mas, pergunto-me se toda sensação seja única ou repetitiva, é válida. Me foi dada uma força que sustenta toda minha fútil existência, cheia de dramas e dengos. Sou feliz, porém, insatisfeito com o que, ou quem, sou! Natural dos perfeccionistas...

Não tento vincular minhas palavras a momentos ou pessoas, sei que não vale à pena porque tudo é volátil. Até o tempo é volátil! Certas coisas inspiram e quase todas giram em torno daquilo que deposito em meu coração, mente, planos, desejos e sorrisos (meus raros sorrisos). Outras certas coisas me fazem olhar além do obviu e transformar em algo suportável (para ser sociável). Pois o que sou de verdade escondo apenas em mim mesmo. Não vale a pena compartilhar meu ser por nada nessa vida, porque isso me faria estagnar. Conformismo é algo que me causa repúdio.

Não nasci para viver parado em um canto só, nem dentro de mim mesmo!

Respiro fundo, bem fundo várias vezes, faço filmes em minha mente enquanto tomo leves goles de um bom vinho diante do meu santuário com o som que me afaga e aquece por dentro. Único som que extrai de mim algo concreto e válido (repetindo demais isso...). Todas as outras coisas são fúteis, como o tempo, o espaço, corpos e suas vidas ali abrigadas sem um real sentido de existência. Sim, não me importo com nada disso!

Não me importo com muita coisa, enquanto vejo que posso me importar, ou no mínimo começar (sacou o trocadilho?)... Percebo que é erro se externar. É erro falar mas, não é erro sentir. Sentir me mantém vivo, mesmo quando isso fadiga em determinados momentos.

No fim das contas só o que se verá o meu sorriso, um terrível sorriso seguido do seu sarcasmo quase imperceptível. Porquê? Não o compartilho, por ser único e exclusivamente apenas meu. As selvas de pedra ao meu redor sorriem para mim. Geladas e resistentes...

Dormirei cedo esta noite. Antes de qualquer coisa, mais que qualquer coisa... Agradeço a Deus pelo que pôde ser dado e pelo que pôde ser tirado. Pelo que não posso e talvez não venha a ter. E se vier a ter, mesmo que seja num curto espaço de tempo, agradeço apenas.

2 comentários:

Víctor Hugo disse...

kra belo post!!!
como sempre vc externando seus sentimentos...
mas oq e me fez feliz foi notar a sua evolução quanto escritor !! PARABENS !!
abraços!!

Ju Camargo disse...

Interessante o que você escreveu...
Vivemos sempre em busca da intensidade e da inconstância, mas por muitas vezes nos deparamos assim como você repudia, estagnados. Mas lembre-se que não só aquilo que você compartilha como aquilo do seu ser que você preserva é constituído por tudo que está fora que você evita...

Você escreve muito bem!
Abraço!