sábado, 7 de novembro de 2009

“MAIS” nunca é o bastante

O ser é frágil
Decadente matéria que insiste no afetivo, porém frágil
Implicante essência que necessita do toque, porém frágil
O ser é frágil!

Estranha confusão
Sim, vivo num maravilhoso mundo de ilusão... Mas não me venha com conceitos dramáticos... Odeio drama, odeio melosidade, odeio afetividades exorbitantes, odeio qualquer coisa ou quem faça de tudo como se fosse o fim.

Estranho paradigma
Como todos, requerem críticas
... Duras críticas, constantes críticas
Flutuo em sensações confortáveis como se a vida fosse um sonho, desses que se escutam trompetes, sanfonas, blues, jazz, folk, rock, gospel, corais, anjos... Deus.
Trip hop é pra fuder e os flash-backs mostram que apesar de tanta sequidão e indiferença, sim, ainda me permito guardar coisas... Ternura.

Cansei apenas da mesmice de sempre!

Estranho estrondo que abalam estruturas
É permitido e louvável alcançar degraus que constrangem, pois se constrangem é porque o errado está sendo feito... O constrangimento provém da admissão interna de se estar fazendo algo errado.
Degraus que fazem nascer descrença na possibilidade em ser melhor, ser melhor extasia, dignificam a alma e o ser.
O ser é frágil... Como o orgasmo!

Eu preciso respirar constantemente
Às vezes sufoco nessa piscina natural chamada oxigênio
Farto de muitas coisas e mesmas picuinhas sejam elas emocionais, racionais ou estruturais (ais... ais... ais...).

Tudo é uma questão de querer e dizer foda-se o poder
Fodam-se os jargões
Fodam-se as tentativas de sentir
Fúteis paixões e suas decorrentes crises emocionais onde a razão parece uma mula teimosa
Fodam-se as sensações
Fodam-se os planos de futuro
Fodam-se os sonhos e os joguinhos de fazer tudo ser bonito ou ao menos TENTAR fazer tudo ser bonito
Fodam-se as maneiras de instaurar paz, conjugação de verbos, hedonismos, prazeres gerais, sexo, putarias, amor (ainda me privo em amar... só não sei quando isso será útil).

Existe lá algum exercício que faça sentido? Desacredito em quase tudo e todos, as palavras aqui escritas ecoam como gritos na mente de quem escreve, seguidos (Agora!) de calmaria, câmera lenta e ternura. Ternura. Ternura... Ternura. Sinto Ternura. Falta Ternura. Tenho Ternura. Não compartilho Ternura. Ternura, sufoca-me!
Valores estão mortos (segue fala cansada), sustente-se em si mesmo, apenas em si
Nada responderá por você, apenas seus atos, suas verdades, sua vida, seus “desejos”, “vontades” de dizer “não” e “sim”.

Nada existe se não aquilo que queremos que exista que queremos acreditar que existe (em se tratando de humanismos e outras vertentes à parte).

Só existe o vácuo e o som do universo.

5 comentários:

Marcelo Mayer disse...

nem o universo sabemos se realmente existe. só não mando tudo se foder pq quarta e domingo tem futebol
juro!

Eri disse...

o ser é fagil, mas num é burro

Dani Pedroza disse...

Às vezes fico pensando em como deve ser apenas existir. Levantar de manhã (na hora certa), tomar café com calma, trabalhar, voltar a tempo de ver tv, jantar com a família, dormir, sonhar e começar tudo denovo, dia após dia. Fico imaginando como deve ser viver sem ver tanto, questionar tanto, pensar tanto. Deve ser uma espécie de paz que eu acho que só vou experimentar quando morrer (ou nem isso). Um torpor de anestesiado. Deve ser bem tranquilo, talvez seja até o que alguns chamam de felicidade. Talvez...

Katrina disse...

Tudo é som e fúria

Sueli Maia (Mai) disse...

As vezes menos é mais.

Abraços.