quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Nada com nada

Gosto do que é humano, porque parece que ser isso é o que menos as pessoas querem ser
Gosto do que é imperfeito e fadado a erros
Gosto do que mostra ser contraditório
Gosto do que é genioso e insistente, mesmo que a insistência seja errada
Gosto da serenidade e da confusão estampada em cada gesto que são naturalmente cômicos
Gosto da luta em fugir da mesmice, que por si só já é mesmice, mas, dependendo de como se foge, quem sabe possa valer a pena cativar e relevar
Gosto daquilo que me mantém vivo e que possa adicionar sempre que desejar, um espírito ou emoção cheios de pimenta
Gosto do vento na cara e uma boca carnuda sorrindo junto comigo
Gosto da afronta direta, do enojo às indiretas e entrelinhas
Gosto de poder contemplar um espírito belo cheio de falhas e mais ainda quando este ser admite ser tosco
Gosto quando nessas horas eu sou útil sem precisar perguntar se posso ser
Gosto de conversas longas e desconexas
Gosto porque me faz sorrir e me dá a sensação de que vale a pena esperar mais um pouco
... Manter-me nesse caminho sozinho até que tua retina resolva decodificar, interpretar, traduzir e por fim sorrir.

3 comentários:

Marcelo Mayer disse...

mas sempre a imperfeição é mais divertida

Katrina disse...

E eu gosto de não gostar, complexo demais né?

Eri disse...

alguém aí achou o segredo da felicidade