quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Quando dei por mim já estava aqui... Aconteceu.

Sobre aquilo que farta
Sobre aquilo que afaga
Sobre aquilo que perturba
Sobre aquilo que faz sonhar
Sobre cada detalhe que cause saudade
Sobre mim e você
Sobre o nada e sobre nada
Sobre aquilo que nunca seremos
Sobre a cópia mal feita que sejam os dias
Sobre o que bate aqui no meu peito
Sobre o que insiste em passar e ficar na mente
Sobre o que seja convicção
Sobre que seja amar, esse tal mito ou fato concreto “amar”
E o que é amar se não a necessidade de tocar e viver o desconhecido?
E o que é desconhecido, ou paixão descontrolada dos sambas e bossas da vida se não a libido mais apaixonante e romântica que se tem nota?
Sobre o que possa ser considerado um marco
Sobre a minha e sua necessidade
Sobre a minha insistência em te amar
Sobre a minha cativante decadência em ver o impossível que é “te ter e não te querer é improvável é impossível”
Sobre a minha intrínseca vontade de dizer que é “insuportável a dor incrível”
Sobre as minhas mãos estendidas esperando em esperança não humana o milagre que não é milagre, pois, milagre nada mais é do que o que é maravilhoso e inatingível ao comportamento ou limitação ou toda ciência humana que se pense ou saiba
Sobre eu ser um dilema pra lá de divertido
Sobre eu querer ti dizer certas coisas que não consigo
Quase como Marisa Monte cantara:“Não pense, por favor, que eu não sei dizer que é amor tudo que eu sinto longe de você”
E quem é você, se não a maior das piadas que já se passaram pela minha vida, pelo meu peito, pela minha mente, pela minha incrível facilidade em me divertir com o silêncio e sozinho
Sobre o meu peito teimoso riscando um nome aqui e ali.

5 comentários:

Anônimo disse...

"quem se atreve a me dizer do é feito o samba" e o que é o amar... rs
lindo texto!

Dani Pedroza disse...

Li esse post duas vezes, em dois momentos diferentes. Na primeira não sabia o que comentar, os pensamentos estavam desorganizados, várias palavras, sentimentos, sensações, que teimavam em escorregar como areia vazando por entre os dedos. Não é a primeira vez que isso acontece comigo aqui e, como das outras vezes, achei por bem ir embora sem escrever nada. Mas, como gosto de testar meus próprios limites, cá estou eu.

Mas o que comentar? Sobre tantas coisas, tantos sentimentos, tantas imagens. Sobre tudo, sobre nada, sobre o nada. Fico pensando que algumas coisas pra serem expressas em palavras têm que ser reduzidas tanto e de tal forma que acabam sendo mutiladas. É o que sinto agora. Se eu fosse falar sobre o seu texto me sentiria assim, mutilando sensações, cortando asas de um pássaro pra que ele pudesse caber numa gaiola. Metáfora meio boba, não? É, eu admito. Fiquei meio emotiva mesmo, acho que foi a menção das músicas no post, músicas que eu ouvia na adolescência, um período em que a gente está mais perto do que sente. Enfim, não vou começar a divagar, né? rs

Ah... onde você anda que não te vejo mais? Bjs.

Tangerine disse...

sabe o que me surpreende?

Que alguém que me afirma querer se manter tão distante do amor consiga defini-lo tão perfeitamente e falar com tanta propriedade sobre ele.

palpite de amiga: continua assim, tá? cada dia gosto mais de vir aqui.

Beijos.

Fernanda H.A. disse...

O post mais bonito que eu ja li aqui. Acho que é o mais bonito para mim por ser algo que eu também poderia escrever, me sentir assim.
Beijos

JeFF disse...

Faz tempo q ñ vinha aqui...mas depois de ler esse texto vou passar a tornar minha visita um costume =]...parabens cara!