segunda-feira, 19 de abril de 2010

Trilogia part. 2

Se outros deuses vão
Trazer uma verdade
Por quantos líderes mais
Pessoas vão morrer
Pra entender que a resposta está
Mais próxima que um dia se imaginou

Um homem só virá te salvar
Este homem é você
Te lembrar que não é mais ninguém...



Esse trecho acima citado é parte de uma das minhas músicas preferidas (Um Homem Só) da banda de hardcore de Vitória, no Espírito Santo, Dead Fish. O mais irônico é que toda a letra trata de uma concepção ateísta, egoísta, unilateral. Sim, o senso comum atinge até os mais inteligentes pois, a meu ver, o Rodrigo (vocalista) é genial em suas composições. Infelizmente, ou felizmente, é humano e fadado a ser limitado, retrógrado como qualquer outro.

Quando digo unilateral e egoísta é sim no sentido literal das palavras e suas expressões. Este é o segundo texto, pertencente ao Trilogia, série de três textos que escrevi voltados para a temática “IGREJA”, ou o que deveria ser. A postura do ser humano diante dos fatos, a racionalidade e critérios críticos são sempre muito bem-vindos.

Pois bem, neste novo capítulo tentarei escrever sobre o tópico A Igreja como encarnação de Cristo; veja bem, eu disse ENCARNAÇÃO e não REENCARNAÇÃO. São coisas totalmente distintas, e eu, sou totalmente contra a doutrina da REENCARNAÇÃO, por simplesmente abolir, destruir e transformar em inútil todo o ministério implantado por Cristo e consequentemente disseminado mundo afora por seus discípulos.

Em João 15:5 diz “Eu sou a videira, vós sois os ramos; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer”, Cristo mostra que ele é o elo e mediador de todas as coisas. Por essas e outras eu acredito e prego que não existem intermediários. Se possuímos o livre acesso ao que dizemos ser Deus, portanto é o próprio Cristo quem assume o papel de intercessor e advogado. Justificativa? “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai se não por mim” – João 14:6.

Certa vez escutei que não seria tão bem assim através da Igreja que Cristo se manifestaria ao mundo. No entanto, que outro meio existe para a obra se fazer possível de acontecer? Somos humanos, somos falhos, mas somos nós quem fomos escolhidos a sustentar e encorajar, a disseminar a Palavra. Deus não escolhe os capacitados, Ele capacita os escolhidos. Ele gosta do que é torto e errado, para mostrar a própria criatura que ela é o melhor do Deus triuno no mundo. Precisamos dessa unicidade, dessa cooperatividade. Que sentido teria em não ser por esse viés? Cristo é o mediador e nós os homens os executores.

Se nós somos a encarnação do plano de Deus para aqueles que não professam a VERDADE, então imagine como está a situação... Cada vez mais degradante, cada vez mais entorpecente, cada vez mais vazia, sem cor. A Igreja é como um corpo, onde cada membro é interdependente; ou seja, age por si só, mas pra precisa de outro para finalizar e dar sequência a determinada ação.

Na passagem que está em Colossenses 1:18, o apóstolo Paulo afirma que “E Ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência”. Todo corpo precisa de um líder, alguém que gerencie ações. No corpo humano quem assume essa função é o cérebro. Se ele tiver uma pane ou deixar de funcionar todo o corpo sofre, porque ele é o mediador. Na Igreja não é diferente. Cristo é a cabeça, o cérebro, o interventor, mediador. Nós somos as ramificações, os membros com avidez e sempre necessitados de um limite, de uma ordem.

Entendes-me agora como está a situação? Deus não quer um escravo, um operário, uma formiga controlada pela rainha, que anda em fila indiana e trabalha arduamente de dia em dia sem vontade própria. Como na igreja de Corinto, que o apóstolo Paulo chamou atenção para a perda do referencial que é Cristo, para voltar-se ao mérito e conhecimento próprio, hoje a Igreja precisa se reencontrar, descobrir que antes de ser a junção de várias pessoas com o mesmo intuito no mesmo lugar ela é o projeto do próprio Deus no mundo. “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura” – Marcos 16:15. Não por obrigação, mas por devoção, amor, convicção de que esta é a maior de todas as missões que um ser humano venha a receber.

O ser humano é a Igreja, o projeto maior de salvação do mundo. Por isso existem as missões, por isso existe a pregação tão insistente do evangelho. É impossível ficar calado quando se possui a maior das boas novas que é a SALVAÇÃO e a PALAVRA que não se perde com o tempo pois ela é VIVA e EFICAZ. Se existem lastimas e inconveniências, dessas que podem ser vistas todos dos dias, como: fanatismo, ignorância religiosa, imposição ao invés de ponderação; dentre outras; é porque o alvo deixou de ser Cristo e as suas bem-aventuranças.

Por fim, me aproprio da passagem que está em Efésios 1:22 e 23, “E sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos”.

O segundo tópico foi esse, terceiro e ultimo ainda virá, e espero ter surtado algum efeito. Se não, tudo bem. Apenas compartilho o que constantemente converso comigo mesmo.

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