quarta-feira, 30 de junho de 2010

Sim-Não Não-Sim

Ao som de “Boo Hoo” da KT Tunstall

 

Ultimamente ando meio gay. Pois é, aos machões de plantão, admitir sensibilidade não é de competência apenas dos homossexuais ou mulheres heteros.

Quando digo gay é no sentido de ta se ligando demais em detalhes, cores, posturas, ser notado ou lembrado. Acho que a crise dos 25 ta meio precoce comigo. Talvez também porque dia 13 de julho esteja bem próximo (13 de julho foi o dia em que meu ultimo relacionamento veio ao fim).

Conversando com uma pessoa que acredito já ser uma grande amiga, a @ElizaBahro, entramos em um debate sobre igualdade nas atitudes, preferências e detalhes que chamam a atenção. Um ponto com bastante destaque acordado entre ambos foi o de que no mundo do sexo feminino, parece que elas estão acomodadas em estar na zona de conforto.

Em outro texto aqui no SSS eu disse que nenhum homem escolhe a mulher que irá possuir, pois, é ela quem tem esse poder de dizer “sim” ou “não”. Por isso repito que se uma mulher é corna e sacaneada ela já tem uma prévia noção de que isso antes era uma possibilidade. Todo homem anda como se tivesse estampado na testa um currículo.

Não deixamos de ser animais. Os machos continuam se exibindo e brigando entre si para mostrar que os seus genes e dotes físicos, intelectuais, são os melhores para que as fêmeas possam apenas escolher o que melhor se destacar. Ela é o troféu e ao mesmo tempo o juiz”, comentou ela em tom ironico.

Quando paro pra pensar que no dia 13 de julho será comemorado um ano completo de solteirice, não me alarmo muito, mas é natural que eu enquanto ser humano sinta falta de algo aqui e ali. Comecei o texto dizendo que ando meio gay ultimamente, mas não é no sentido de carência, assim como estar ligado nos detalhes é também no sentido de também se sentir no direito de estar na zona de conforto na qual a mulher se habituou a estar sem nem mesmo notar.

Afirmam por aí que tanto homens como mulheres são iguais e, portanto a iniciativa deve ser a mesma assim como outros detalhes. Logo, eu posso dizer que é do meu direito também me pôr em estado reservado e esperar ser cobiçado, disputado, querer ser conquistado a ponto de ver currículos estampados em testas também para assim dizer “escolho tal pessoa porque dentro de toda crise que é previsível, ela é a que menos têm impactos”. “Lidar com pessoas é estar em um eterno ato de estipular sucessivos acordos quase diários a fim de que algo entre duas pessoas no sentido afetivo obtenham êxito”, disse isso também em outro texto aqui no SSS.

Esse negócio de passar muito tempo solteiro bitola a cabeça da gente, e é e não é por opção em que se está nesse estado. Se formos prestar atenção hoje em dia as pessoas possuem uma cor cinza, dizem-se ser, conhecerem e terem tanta coisa, mas sobre elas mesmas o conceito que se pode tirar é como se fossem enormes salas brancas sem móveis.

Talvez, na minha grande ignorância, eu esteja certo em manter-me silencioso. Ter casos aqui e ali já fadigou. Chega um determinado momento em que o ser humano começa a vomitar a comida que ele mesmo preparou com tanto zelo e destreza. Começando então a rever seus pontos de vista, escolhas, pessoas que o circundam e até mesmo como se veste, fala, corta o cabelo. Começa a observar mais nos retrovisores e reflexos nas janelas dos carros e portas de vidro o modo como anda e postura enquanto espera o ônibus.

São alguns desses míseros detalhes, essas porras diárias que tentam transformam o ser mais tosco (eu) em algo alcançável, quem sabe interessante mesmo sendo aos olhos não tão amistoso assim. Enfim, esse negócio ta me fazendo ficar meio besta, mais que de costume. Vale a pena urgentemente tentar educar esse espírito feminino crítico e exigente que vez outra fica falando mais alto.

4 comentários:

Anônimo disse...

Gostei muito desse texto man , ele sei lá .. eé muito bom de ler assim como os outros (:

Anônimo disse...

Não conhecia seu blog, hj foi a 1º vez q li, e gostei. Prometo voltar.
Abraço.

Quéren disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Quéren disse...
Este comentário foi removido pelo autor.