domingo, 16 de janeiro de 2011

Nada

Egoístas, isso mesmo, egoístas
Mesquinhos, pequenos, baixos, portadores do que é inferior
Muita coisa não resume o sentimento
Tampouco explica aquilo que insiste em ser feito
O defeito que afavelmente é acariciado
A pedra no sapato que incomoda, mas ao mesmo tempo parece oferecer um doce prazer no sadismo de estar cada vez em baixo, nas sombras e do árduo fardo
Se toda forma de iniciativa é vã, obviamente seria mais conveniente esperar naquilo que se deve esperar
Quem sabe por uma incerteza ou talvez esperar pela própria esperança
Sejamos então humildes, feito cordeirinhos
Mais alvos do que a neve
Sejamos o sal da comida sem gosto, a luz do caminho estranho e que na certa escondem certos bandidos
Sejamos qualquer coisa que não nos oprima tanto no medo de levantar a cabeça
Sejamos aquilo que sabemos dever ser
Forjamos força, uma descomunal, com camuflagem de peneira ou vidro embaçado.

  • É como a fruta podre que estraga todas outras ao seu redor
  • Igual o pão bolorento azedando os demais…

Egoístas, somos todos egoístas
Mesquinhos nos nosso paladar, no nosso sentir e modo em demonstrar qualquer coisa verdadeiramente honesta
E será que é preciso reafirmar o que já se afirma? Como por exemplo: “qualquer coisa verdadeiramente honesta”?
Idiotas, ultrapassados, e não existem mais adjetivos que se possam ser dados
E se existissem, não fariam tanto efeito
Apenas massagearia o ego que tanto infla tanto afoita e açoita.

E se te ver amargurado, desencorajado pelos percalços, direi: “A culpa é sua!”
Levante a porra da cabeça, e não me venha com conselhos miúdos
Apenas cale a boca e se ponha a querer ouvir.

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