quarta-feira, 13 de abril de 2011

Prece

Existem certas coisas, que por serem tão intimas, evito falar
Primeiro para não parecer redundante
Segundo porque não gosto de me sentir pedante
Terceiro por conta de reconhecer essas certas coisas
Quarto, essas certas coisas, insisto em roubar e depois devolver
.... sempre nesse ciclo vicioso
... é um vício, eu sei, muita gente tem muito vício por aí
O meu é esse!

Tantos são os que buscam forma de deixar a mente livre e igualmente cheia
Eu naturalmente me perturbo nessas condições
Estando vazio, oco, e ao mesmo tempo cheio, angustiado
“Angústia” deve soar intrigante para quem atentar a estas linhas
Mas, veja bem, “angústia” reflete um momento
E vivemos momentos
... e entretanto, isso depende da sua perspectiva sobre esses “momentos”
É claro!

  • Joguinhos que vão além do tipo cão e gato
    Talvez testes
    Quem sabe uma eterna dúvida
    “Incredulidade” seria a melhor expressão
    Audácia em afrontar quem não se deve
    Titubear e zombar mesmo quando nem se nota estar fazendo tais coisas
    Miserável é a pessoa que sou
    Nem me atrevo a referir-me a mim como homem
    Homem não se dá o desfrute de desabafar letras como estas
    ... também não sei o que um homem pode se dar o não desfrute
    ... sequer tenho ideia do que um homem faz, ou é.

  • Às vezes, eu só queria que realmente o cronômetro correndo de trás para frente zerasse de uma vez, sem a intenção de começar tudo de novo, apenas que zerasse e tudo entrasse em estado de inexistência!

Cansei de brincar
Cansei de lutar
Cansei de peregrinar
Não murmuro por aparentar ser um fardo
Murmuro por assumir ser um fraco
Antes eu fosse frágil, porque assim teria motivos para meus deslizes
Mas, fraco? Não mesmo...

Só Te peço, que:
“Não me vire o rosto por ser isso que sou
Não desista quando eu mesmo já tento não me importar
Continua com a Tua mão estendida, porque sou burro o suficiente para despeça-la
Interceda por mim nos dias em que eu não tiver condições;
Não porque não consigo, mas porque eu mesmo não encontro razão, ou a falta dela, para agir desse modo tão arrogante e prepotente
Apenas me recolho ao estado que muitos ignoram ou fingir não existir
...
Em outras palavras, eu só Te peço paciência”.

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