segunda-feira, 16 de julho de 2012

A responsabilidade em ser o “Corpo de Cristo”

Era mais um domingão e eu de boa em casa almoçando, eis que o meu pai pega o controle remoto da televisão e muda de canal. Ele põe na TV Bandeirantes no exato momento em que começa a apresentação do programa liderado pelo pastor da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Silas Malafaia. Confesso que não sou partidário do cara, o respeito, mas não concordo com muitas posturas, opiniões e manifestações dele. Porém, no início do bloco, Silas começa um extenso comentário sobre o "aumento dos evangélicos" no Brasil. Até que ele começou bem, dizendo que não se trata de vanglória dos pastores, nem outra coisa qualquer, mas sim de Deus e unicamente de Deus. Haha, todavia, como estou falando de Silas Malafaia, é claro que um momento ou outro ele soltaria uma pérola, e soltou.

Como eu havia dito, ele até começou bem, dizendo que o crescimento dos evangélicos no Brasil deve-se pela crença em Deus e em Cristo Jesus mediante a Bíblia e não por mérito de pastores e demais líderes religiosos contemporâneos. Nesse ponto eu abri a boca e confirmei que realmente ele está certo. Também falou corretamente quando observou que o lugar onde a pessoa menos é evangélica é dentro da igreja, e de fato tem lá o seu sentido, porque não é na igreja onde devemos dar público testemunho de fé, mas sim, no mundo (trabalho, escola, faculdade, em casa, com amizades, relacionamentos, etc.). Malafaia comentou também sobre a responsabilidade do cristão em ser o corpo de Cristo enquanto Igreja. Aos curiosos, peço que leiam o capítulo 12 de Romanos e também o capítulo 12 de 1ºCoríntios; quem ler vai entender e questionar sobre a postura que uma verdadeira Igreja de Jesus deve ter, além de instigar-se a ser essa Igreja verdadeira.

Mas, aí, vem o bafão! Silas Malafaia é o pai dos bafos e das contradições doutrinárias em determinados aspectos. Quando o cara terminou de dizer tudo isso que eu comentei acima, ele me vem com uma explicação complementar do porque o número de evangélicos ter aumentado no Brasil. Segundo o pastor da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, essa boa nova se deve ao fato do serviço prestado ao povo brasileiro feito pelas Igrejas "Assembleia de Deus" espalhadas por todo o território nacional. Para mostrar que tem base concreta e dados irrefutáveis, ele usou a reportagem do Jornal O Globo, o qual dizia logo na capa que o Brasil é "menos católico e mais evangélico". Usou também números que justificassem o grande número das igrejas IAD, sempre comparando com a quantidade de templos de outras denominações e igrejas protestantes. Ou seja, o cara se opôs ao próprio comentário quando disse que o mérito para o aumento da fé evangélica se deve a Deus, através da pessoa de Jesus Cristo. Errou quando trouxe para a igreja da qual ele faz parte a responsabilidade em ser sinônimo de ética, respeito e cidadania.

Perdoem-me aos que são de alguma Assembleia de Deus, até porque eu também sou protestante e é errado associar a fé de um crente à comunidade cristã da qual ele faz parte - eu mesmo creio que existem pessoas dentro da Igreja Católica que são muito mais crentes que os próprios evangélicos, que tem a salvação garantida enquanto muitos supostos protestantes se perdem na teia do preconceito e legalismo - mas se tem um grupo, dentro do segmento Protestante, que é taxativo, preconceituoso, legalista, tradicionalista (no sentido de arraigados com os usos e costumes, mas com pouca vivencia genuína de fé) e repressivo, são as Igrejas "Assembleia de Deus"! Não é à toa que o maior número de crentes desviados são oriundos dela e de outras denominações pentecostais e neopentecostais (Assembleia de Deus, Deus é Amor, Universal do Reino de Deus, Renascer, Mundial do Reino de Deus, Internacional da Graça de Deus).

Se realmente essas igrejas ditas evangélicas, independente da visão doutrinária, estivessem alicerçadas na tríade: "Jesus Cristo como único Senhor e Salvador + Bíblia como regra de fé e prática + Batismo por imersão nas águas como público testemunho de fé"; as divergências e discrepâncias que assassinam o Cristianismo propriamente dito e também os ensinamentos e ministério de Jesus, não seriam nem causariam a repulsa e loucura atual. Os reformadores como John Hus, Calvino e Lutero devem se contorcer no túmulo com tanta blasfêmia doutrinária e anti-bíblica que presenciamos hoje.

Para finalizar, apenas digo que: se você tem consciência que somente em Jesus Cristo existe vida eterna, confesse em alto e bom som que Ele é o Senhor e Salvador da sua vida (leia as passagens de "1º João 4:15" e "João 3:16" para entender), creia e cultive o que toda vida cristã necessita para ser sadia e dar bons frutos >>

1º Testemunho (o crente em Jesus que não tem testemunho, simplesmente não é crente, é apenas mais um);
2º Comunhão (o crente em Jesus que não tem comunhão com o seu próximo, não pode aprender nem entender o que é "tolerância", "respeito", "amor" e "admoestação");
3º Bíblia (o crente em Jesus que não lê nem estuda a Bíblia, não tem base doutrinária nem de fé para crer, porque como pode crer naquilo que não vive nem pratica nem aprende?);
4º Jejum (o crente em Jesus que não jejua, não consegue estabelecer alianças e mantê-las com Deus);
5º Oração (o crente em Jesus que não ora, não tem como ter intimidade com Deus).

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